segunda-feira, 26 de setembro de 2016

DSP surpreendido com determinação do governo no dia 24 de Setembro

O PAIGC, partido que lutou pela libertação da Guiné-Bissau, esteve ausente das comemorações do Dia da Independência, reflexo da tensão política no país.
"Fomos todos surpreendidos com uma determinação do governo" em como "mais ninguém podia usar da palavra" além do Presidente da República, José Mário Vaz, justificou à Lusa o presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.
A independência "foi proclamada pela Assembleia Nacional Popular (ANP)" e o dirigente do PAIGC considera "em certa medida ilegal" que nem o presidente do parlamento, nem os partidos, pudessem discursar, como habitual, nas celebrações que este ano decorreram no largo da Câmara Municipal de Bissau.
Apesar de questionado pelos jornalistas, o Primeiro-ministro, Bacio Djá, não comentou o assunto.
Domingos Simões Pereira disse à Lusa que este incidente "não ajuda" à implementação do acordo para resolução da crise política no país.
O PAIGC venceu as eleições gerais de 2014, mas o Presidente da República, José Mário Vaz, demitiu dois governos e deu posse a um executivo com dissidentes e membros de outras forças políticas.
As divisões paralisaram o parlamento e o país entrou num beco sem saída, sem programa de governo e sem orçamento de Estado, o que tem travado apoio financeiro de parceiros internacionais.
No passado dia 10 de Setembro, a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) propôs um acordo de seis pontos para saída da crise que inclui a formação de um governo de inclusão que vá até final da legislatura (2018) - acordo assinado por todos e acerca do qual se espera o início das negociações.
Nas cerimónias do dia 24, José Mário Vaz discursou sem comentar a ausência do presidente do parlamento (segunda figura do Estado) e do PAIGC e fez novos apelos ao diálogo, que na prática contrastam com mais um incidente.
Rispito.com/Lusa, 26-09-2016


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