quinta-feira, 23 de maio de 2013

UE e CEDEAO defendem mudanças nas forças de defesa

A União Europeia e a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDAO) consideram importante para a Guiné-Bi-ssau que haja mudanças nas forças armadas e de segurança do país, "especialmente a renovação da liderança militar superior". 
"A União Europeia (UE) e a CEDEAO concordam que reformas profundas e irreversíveis, começando com a reestruturação radical das forças armadas e de segurança, especialmente a renovação da liderança militar superior, bem como uma profunda reforma dos sectores de segurança e da justiça e do sistema político, são essenciais para a estabilização e prosperidade do país", diz um comunicado divulgado nesta quinta-feira (23 de Maio). 

O comunicado refere-se a uma reunião ocorrida em Bruxelas no passado dia 16, mas cujo conteúdo só nesta quinta-feira foi tornado público através de um comunicado do gabinete da União Europeia em Bissau. 

A reunião realizou-se "no âmbito do regular diálogo político a nível ministerial" e debateu temas como o papel da CEDEAO na promoção da paz, segurança e boa governação na África Ocidental, a cooperação regional para o desenvolvimento e as relações comerciais entre os dois blocos. 

Além de debater a crise no Mali e os desafios eleitorais na Guiné-Conacry e no Togo, as duas delegações discutiram ainda, segundo o comunicado, a luta contra a corrupção e o crime organizado, bem como a resposta à crise alimentar no Sahel. 

Em relação à Guiné-Bissau, UE e CEDEAO "expressaram ainda a sua profunda preocupação com a infiltração inquietante em todas as estruturas do Estado pelo crime organizado e o narcotráfico, observando que a detenção do ex-chefe da marinha, sob acusação de narcotráfico, e a acusação ao actual chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, de alegada participação no narcotráfico, demonstram a gravidade do problema". 

Os dois blocos manifestaram "a sua determinação em tomar todas as medidas necessárias contra todas as pessoas e entidades condenadas pelos tribunais", e salientaram a importância de "uma luta eficaz contra o crime organizado e o narcotráfico", a protecção dos direitos humanos e o fim da impunidade. 

A UE e CEDEAO pedem "a todas as pessoas com cargos de responsabilidade em Bissau" para que demonstrem "o seu firme compromisso na luta contra o narcotráfico", e reiteram que "todas as pessoas ligadas com qualquer violência e actividades anti-constitucionais e desestabilizadoras serão responsabilizadas pela comunidade internacional, incluindo a CEDEAO e a UE". 

Ainda de acordo com o comunicado, as duas entidades manifestaram "profunda preocupação" quanto ao impasse nos esforços para resolver os vários desafios da Guiné-Bissau e reiteraram "a sua firme condenação da interrupção do processo eleitoral pelo golpe de Estado de 12 de Abril de 2012, e a sua firme rejeição a comportamentos anti-constitucionais e violações dos direitos humanos pelas forças de segurança". 

A União Europeia e CEDEAO juntaram vozes ainda na exigência de um roteiro inclusivo e eleições ainda este ano, tendo a União Europeia manifestado disponibilidade para apoiar a realização das eleições. 
Angola Press - 23 de Maio de 2013

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