terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Fernando Vaz candidato a primeiro-ministro pelo Fórum Guiné-Bissau

Fernando Vaz                             Afonso Té
O ministro de Estado e porta-voz do Governo de transição na Guiné-Bissau, Fernando Vaz, é o escolhido pelo grupo de 23 partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau para candidato a primeiro-ministro nas eleições gerais de 16 de Março.

Foi o próprio Fernando Vaz quem o revelou hoje aos jornalistas, na sequência de uma reunião do Fórum Guiné-Bissau, realizada no domingo em Bissau, na qual ficou também decidido que Afonso Té será o candidato do grupo para a Presidência da República.

Líder da União Patriótica Guineense (UPG), Fernando Vaz disse que a meta do Fórum é atingir o poder e trabalhar para mudar a imagem interna e externa da Guiné-Bissau.

"A nossa grande aposta é tirar a Guiné-Bissau do buraco em que se encontra, melhorar a imagem interior e exterior do país, dos políticos e fazermos aquilo que é o normal em toda parte do mundo, isto é: levar a cabo políticas que conduzam a um crescimento económico e bem-estar de todos", afirmou Fernando Vaz.

O candidato disse acreditar que não será difícil "mudar a Guiné-Bissau" estando o Fórum Guiné-Bissau no poder a partir das eleições gerais de 16 de Março.

"Queremos promover uma forma diferente de governar o país, o que não é difícil, pois passados 40 anos desde a independência estamos a marcar o passo no mesmo sítio", observou Vaz.

Candidato à presidência do país, Afonso Té, líder do Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento (PRID), afirmou que o Fórum Guiné-Bissau pretende assumir o poder por via democrática e desta forma desencorajar golpes de Estado no país.

"Para nós, do Fórum, queremos que este seja o ultimo golpe de Estado" na Guiné-Bissau, disse Afonso Té, referindo-se ao levantamento militar de abril de 2012 do qual resultou o atual Governo de transição, em que é conselheiro do primeiro-ministro para a área da Defesa e Segurança.

O grosso de partidos agrupados no Fórum Guiné-Bissau é constituído por apoiantes desde a primeira hora do golpe de Estado militar de 12 de Abril de 2012, que destituiu os órgãos eleitos.

"Sabemos que o ambiente não é propício, mas vamos trabalhar para acabar com a bipolarização do poder na Guiné-Bissau, que tem sido muito nociva para a democracia e para o próprio país", observou Té, aludindo ao PAIGC e ao PRS.

Juntas, as duas forças políticas representam cerca de 95 por cento de assentos na Assembleia Nacional Popular (ANP, parlamento guineense).
RTP Noticias - 21 de Janeiro de 2014

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