PAIGC FEDERAÇÃO FRANÇA
UM ACORDO IMPERFEITO MAS QUE GARANTE A ESTABILIDADE POLÍTICA E INSTITUCIONAL
Depois de vários
encontros com os responsáveis políticos do nosso país, a delegação da CEDEAO
composta pelo Professor Alpha Condé, Presidente da república vizinha da Guiné-Conakry
e pelo DR. Ernest Bai Kourouma Presidente da Serra Leoa. A CEDEAO propôs uma
plataforma de governação inclusiva e de União Nacional. Depois da assinatura
deste Acordo, Alguns Cidadãos, Militantes e simpatizantes do PAIGC se sentem frustrados com este impasse político interminável e
diabolicamente orquestrado pelo clã do Presidente da República.
Desde
a assinatura deste acordo várias vezes fomos interpelados com seguintes questões:
Este acordo é perfeito para o PAIGC? O nosso partido já não tinha proposto um
governo inclusivo? O programa "Terra Ranka", enfim vai ser implementado?
É normal que os 15 deputados excluídos por terem votado contra o programa do
seu próprio partido sejam integrados nas negociações, Ao mesmo título com Partidos
Políticos representativos na ANP? Esta situação de impunidade e de indisciplina
não poderá no futuro ser factor de disfuncionamentos dos Partidos Políticos, das
Instituições e de qualquer Organização Social?
Com efeito, é
normal que cada um pode fazer as suas perguntas as quais o PAIGC Federação
França deve fornecer respostas objectivas.
Este acordo não
é perfeito para o PAIGC que ganhou as últimas eleições com a maioria absoluta,
cujo o poder foi lhe retirado injustamente "golpe de Estado Constitucional".
Hoje como no passado, o nosso partido sempre priorizou os interesses superiores
da Nação, a Estabilidade Política e Institucional que são as garantias do
Desenvolvimento Económico e Social do nosso País.
No entanto,
vamos ser mais objectivos! Não esqueçamos que a Crise começou no Seio do nosso Partido
antes de se espalhar por todas as Instituições causando assim um disfuncionamento
sem precedente do nosso país. "Não há efeito sem causa." A origem ou
causa desta crise veio de um certo número de militantes que usaram o partido
para atingirem seus objectivos políticos pessoais e partidárias, em seguida, se
voltar contra os valores intrínsecos do nosso Partido. Estes "traidores e
inimigos da República" se encontram na Presidência e o grupo dos 15. Eles
traíram o Partido e toda a Nação. Por definição, a traição política supõe
"a provocação de uma situação de crise profunda, disfuncionamento de
segurança de Estado e da constituição, de um complô que visa desestabilizar as
instituições por razões partidárias".
Este acordo para
a saída da crise confirma que nada pode ser feito durante esta legislatura sem
o PAIGC vencedor das últimas eleições com uma maioria absoluta e vai conformidade com o acórdão nº 01/2015 do Supremo Tribunal
de justiça. Este acordo também confirma igualmente a capacidade de luta Intelectual
e política do PAIGC. Sem armas, sem violência e nem corrupção dos juízes, o
nosso Partido permaneceu digno e fiel aos seus ideais de justiça e da democracia.
O 1º Governo desta legislatura
tinha sido implementado numa dinâmica de Unidade Nacional, de integração dos diferentes
componentes do país: Partidos Políticos e da Sociedade Civil. Confrontados com
os desafios económicos consideráveis, o PAIGC apesar de ter ganho as eleições
com a maioria absoluta optou por formar governo inclusivo, baseado num pacto de
estabilidade que permitiria implementar as reformas que o nosso país precisa.
Apesar da mediação da CEDEAO, dos conselhos preciosos dos seus homólogos da Guiné-Conacry
e do Senegal, as recomendações de Portugal e de Cabo Verde, apesar do apelo do
Povo e da Comunidade Internacional convidando ao dialogo, nosso Presidente optou
por mergulhar o país numa crise profunda e interminável
com quatro governos sucessivos em dois anos de mandato. Hoje voltamos a
Estaca Zero para fazer exactamente o que o PAIGC tinha feito no seu primeiro
governo desta legislatura em Maio de 2014. Que
desperdício para a Nação! Que desperdício para o Povo! Que desperdício para a
nossa Democracia! Que desperdício para as nossas Instituições! Que desperdício
para o nosso Desenvolvimento Económico e Social! Que desperdício para a
Comunidade Internacional! Mas como diz o ditado "nunca é tarde demais para
fazer melhor."
No conhecimento
do PAIGC Federação França, não existe nenhum Programa a não ser do PAIGC: Plano
Estratégico e Operacional "Terra Ranka" elogiado pelos parceiros técnicos
e financeiros na Mesa Redonda em Bruxelas no dia 25 de Março de 2015. Esta nova
plataforma de Governo Inclusivo deverá forçosamente favorecer os principais motores
de crescimentos identificados no Programa "Terra Ranka." O acordo
permitirá o funcionamento da ANP, a validação do Programa e do Orçamento Geral de
Estados que são dois instrumentos fundamentais para governar o País. Tudo isso demonstra
mais uma vez que nada pode ser feito sem o PAIGC que ganhou as últimas eleições
com uma maioria absoluta.
É normal que os 15
Deputados excluídos por terem votado contra o Programa do seu próprio Partido
sejam integrados nas negociações ao mesmo título com os Partidos Políticos
representativos na ANP?
A fragilidade do Nosso estado e o desmoronamento das
Nossas Instituições que deveriam garantir um Estado de Direito, Democrático, de
Justiça, da Paz, do Desenvolvimento e de Segurança Nacional, favorece o não
respeito pelas leis, Por isso, as negociações deveriam ser feitas entre as Instituições
e não com indivíduos identificados. Para o PAIGC Federação França, nós
estimamos que o Grupo dos 15 não deveriam participar nas negociações e muito
menos integrar o novo Governo inclusivo que será liderado pelo PAIGC enquanto
vencedor das últimas eleições legislativas. Foram eles que deliberadamente traíram
o PAIGC e o povo guineense para os seus fins pessoais e de mergulhar o país num
marasmo sem precedente cujas consequências são irreversíveis.
No entanto, o
respeito pelas Leis, dos Regulamentos e dos Estatutos de qualquer organização
económica, política e social, devem prevalecer acima das considerações
pessoais, sobretudo quando se trata de um Deputado representante do povo. O que
aconteceu hoje ao PAIGC poderá acontecer amanhã ao PRS ou a qualquer outra
organização social. Juntos deveríamos agir para punir e erradicar definitivamente
estes comportamentos repreensíveis pela Lei.
Este acordo da
CEDEAO é para o PRS uma ocasião única de entrar na História da governação da
Guiné-Bissau, deixando-se de considerar como o Advogado dos 15. O PRS e o PAIGC
devem se entender, por razões de interesse Nacional, de trabalharem juntos, de
instaurar a Estabilidade Democrática e Institucional que o nosso país precisa. Só
a causa do Povo, da Justiça, da Estabilidade Política, da Reforma das nossas Instituições,
devem prevalecer acima de quaisquer outras considerações.
Paris, 14/09/2016
O Presidente,
Caetano Ferreira
(Flávio)
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