sábado, 21 de julho de 2012

Cimeira de Maputo defende a reunião de "alto nível" sobre Guiné-Bissau nas Nações Unidas

"Trabalhar pela convocação de reunião de alto nível, no âmbito das Nações Unidas, com vista à elaboração de estratégia abrangente e integrada que vise a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau", refere a declaração sobre a situação na Guiné-Bissau saída da cimeira de Maputo.
A comunidade de países lusófonos defendeu a realização de uma reunião nas Nações Unidas para elaborar uma estratégia "abrangente" que permita restaurar "a ordem constitucional" na Guiné-Bissau, após o golpe de Estado de Abril.
"Trabalhar pela convocação de reunião de alto nível, no âmbito das Nações Unidas, com vista à elaboração de estratégia abrangente e integrada que vise a restauração da ordem constitucional na Guiné-Bissau", refere a declaração sobre a situação na Guiné-Bissau saída da cimeira de chefes de Estado e de Governo de Portugal, Brasil, Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste que hoje decorreu em Maputo.
Os chefes de Estado e de Governo dos oito consideram "fundamental promover, sob a égide das Nações Unidas, estreita coordenação com os estados da sub-região e com os demais parceiros regionais e internacionais, nomeadamente, a União Africana, a Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Europeia, com vista ao estabelecimento de uma parceria que contribua, de forma efectiva, para a pacificação e estabilização interna da Guiné-Bissau".
A 12 de Abril, a poucos dias da segunda volta das eleições presidenciais na Guiné-Bissau, os militares afastaram o primeiro-ministro e candidato presidencial Carlos Gomes Júnior e o Presidente interino, Raimundo Pereira, que representou a Guiné-Bissau na Cimeira do Maputo.
Desde então o país é liderado por um governo de transição que a comunidade lusófona não reconhece, mas que tem beneficiado de apoio da CEDEAO.
Reiterando que "as únicas autoridades da Guiné-Bissau reconhecidas pela CPLP são as que resultam da legitimidade constitucional e democrática", os líderes lusófonos reclamam "a conclusão do processo eleitoral interrompido pelo golpe de Estado".
A declaração adianta que a primeira volta das eleições "foi considerada livre e transparente pela Comunidade Internacional" e sublinha "a necessidade de medidas consensuais e inclusivas que permitam a plena e oportuna restauração da ordem constitucional no país".
O texto manifesta ainda a "a necessidade de se prosseguir com a reforma do sector de Defesa e Segurança e de reforçar o combate ao narcotráfico na Guiné-Bissau, como elementos fundamentais de uma estratégia de estabilização eficaz e duradoura".

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