sexta-feira, 5 de outubro de 2012


Carlos Gomes Júnior descarta a possibilidade de integrar o governo de transição
Carlos Gomes Júnior - PM deposto
O Primeiro-ministro deposto da Guiné-Bissau descartou a possibilidade de participar no actual governo de transição como forma de resolver a crise política no país.
“Está fora de questão a minha participação neste governo. Fui indigitado pelo PAIGC como candidato às eleições presidenciais e aguardarmos que as eleições se realizem”, afirmou Carlos Gomes Júnior. O primeiro-ministro deposto disse que a sua presença nas Nações Unidas “demonstrou a firme determinação de não abandonar o processo de estabilização na Guiné-Bissau” e que “o regresso à ordem institucional na Guiné implica o retorno do poder derrubado em Abril”. Quanto às divergências entre a CEDEAO e a CPLP sobre a situação política no seu país, considerou fundamental “uma aproximação e um diálogo inclusivo entre os dois parceiros”.
Sobre a reunião, em Nova Iorque, entre o Presidente interino deposto, Raimundo Pereira, e o actual presidente interino, Serifo Nhamadjo, afirmou que foi “um encontro simbólico e sem compromissos”. “Aguardamos a evolução desse primeiro encontro simbólico", referiu. 
O primeiro-ministro deposto declarou que uma solução para a Guiné-Bissau passa pela resolução do problema dos militares. 
“Essa resolução apenas é possível mediante uma força multinacional que, sob o auspício das Nações Unidas, possa efectivamente liderar todo o processo de reforma do sector de defesa e segurança”, disse.
Carlos Gomes Júnior recorreu aos últimos relatórios das Nações Unidas sobre Droga e Crime para garantir que o aumento do narcotráfico na Guiné-Bissau “tem vindo a acontecer desde o golpe de Estado”, em de Abril. “Fizemos uma governação de rigor. A nossa primeira preocupação foi a melhoria das condições de trabalho da Polícia Judiciária e do Ministério do Interior para aperfeiçoar o combate ao narcotráfico e ao crime organizado. As Nações Unidas sabem que o nosso governo teve êxito nessa luta a que se propôs”, afirmou.
Sobre uma eventual candidatura de Domingos Simões Pereira, ex-secretário-executivo da CPLP, à presidência do PAIGC, disse que “o partido é democrático e possui muitos quadros qualificados”. Carlos Gomes Júnior declarou, em Setembro, a intenção de concorrer à presidência do partido PAIGC, no congresso de Janeiro.



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