sexta-feira, 23 de maio de 2014

José Ramos-Horta saúda conclusão do processo eleitoral

O Representante Especial do Secretário-geral da ONU para a Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, felicitou o povo guineense pela conclusão da longa caminhada de retorno à Ordem Constitucional, com o resultado provisório da votação na segunda volta das Presidenciais anunciado pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

José Ramos-Horta, Nobel da Paz, felicitou o candidato José Mário Vaz, o mais votado de acordo com os resultados provisórios, e o candidato Nuno Gomes Nabiam, pela sua conduta serena e apaziguadora durante toda a campanha eleitoral e o anúncio oficial dos resultados provisórios.

O Representante Especial do Secretário-geral da ONU dirigiu felicitações também ao Primeiro-ministro eleito, Domingos Simões Pereira, homem de diálogo e de consensos, símbolo da nova geração, bem como ao partido histórico PAIGC pela vitória nas Legislativas. Ramos-Horta felicitou o PRS que, nas eleições Gerais de 13 de Abril, se revelou uma força política moderna, atingindo o sucesso eleitoral. 

O ex-Chefe de Estado de Timor-Leste saudou em particular o Presidente da República de transição, Manuel Serifo Nhamadjo, assim como o Primeiro-Ministro de transição, Rui Duarte Barros, pelas suas lideranças durante um período difícil em que ambos revelaram sentido de Estado, equilíbrio e serenidade.

Apesar dos numerosos obstáculos e muitas frustrações, exacerbadas pelo estado social, económico e financeiro do país, os dois estadistas guineenses merecem reconhecimento por parte da ONU pela forma como geriram o processo de transição. 

Todas as forças políticas, os candidatos e os seus apoiantes foram também elogiados por Ramos-Horta pela forma admirável como se comportaram, e ainda o Comando Conjunto, em especial as forças de Defesa e Segurança, que asseguraram a lei e a ordem durante os dois anos de transição e, particularmente, durante o longo período eleitoral. 

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) e o Comando das Forças de Segurança foram também mencionados. 

O Nobel da Paz congratulou-se com o comunicado à imprensa emitido a 20 de Maio pelo CEMGFA, no qual apela à calma dos cidadãos perante a publicação dos resultados preliminares das eleições Presidenciais e em que confirma não haver situações alarmantes, reafirma a subordinação das Forças Armadas ao poder político, e assegura que estas respeitarão o resultado oficial do sufrágio, expressão da vontade popular, tal como anunciado pela CNE. 

Ao chegar à Guiné-Bissau, o Representante Especial do Secretário-geral da ONU encontrou o país completamente isolado no plano internacional e pôde constatar a inspiradora cooperação dos dirigentes da CEDEAO e dos seus Estados-membros. 

José Ramos-Horta congratulou e agradeceu com sinceridade à CEDEAO que, desde a primeira hora da crise política e securitária instalada na Guiné-Bissau, em Abril de 2012, assumiu com determinação e solidariedade - em particular a Nigéria e o Senegal - o financiamento das despesas correntes do país, tal como a UEMOA ajudou a enfrentar alguns problemas sérios de descapitalização. 

A missão do Representante Especial do Secretário-geral da ONU na Guiné-Bissau não teria êxito sem as parcerias recebidas da CEDEAO, UEMOA, União Africana, CPLP e União Europeia, a todos os níveis. 

A União Europeia (EU) e Portugal, embora cumprindo com rigor o embargo diplomático, desembolsaram milhões de euros durante os dois anos de transição, em apoio directo às comunidades através de organizações religiosas e laicas, ONGs, etc. 

A China manteve todos os programas de apoio ao desenvolvimento e de emergência, como o fornecimento de arroz para fazer face às carências alimentares. A Austrália, respondendo a um apelo do Nobel da Paz, contribuiu com 500 mil dólares para o PAM, para reforçar apoio aos programas de segurança alimentar. A Nova Zelândia contribuiu com 250 mil dólares para o Trust Fund da Guiné-Bissau.
PNN 22 de Maio de 2014

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