sábado, 16 de agosto de 2014

Guiné-Bissau aconselhada a preparar planos de contingência para o ébola

"Estejam preparados" para a possibilidade de surgirem casos suspeitos no país, aconselham OMS e Médicos Sem Fronteiras

Representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Médicos Sem Fronteiras (MSF) aconselharam a Guiné-Bissau a preparar-se para a eventualidade de surgirem no país casos suspeitos de ébola.


O facto de a epidemia estar concentrada no interior sul da Guiné-Conacri – do lado oposto à sua fronteira com a Guiné-Bissau – e as más acessibilidades à zona fronteiriça, especialmente na época das chuvas, não devem servir de pretexto para baixar a guarda. “É possível que alguns casos atravessem a fronteira e cheguem à Guiné-Bissau, por isso, mais vale que estejam preparados para detectar, isolar e tratar os doentes para evitar novos casos”, recomendou Jerôme Mouton, chefe de missão dos MSF na Conacri, onde a organização criou um centro de tratamento de ébola.

Jerôme recorda que um dos últimos casos mal despistado na cidade deixou expostas 14 pessoas ao vírus – seis profissionais de saúde e oito familiares que contraíram o vírus.

“Estejam preparados” é também o alerta de Nyka Alexander, porta-voz da OMS que depois de ter passado por outros palcos de urgência sanitária no mundo exerce funções em Conacri.

No centro de coordenação para o combate ao ébola na sub-região (Guiné-Conacri, Serra Leoa e Libéria), pede-se vigilância aos países vizinhos. “A 8 de Agosto, quando a OMS declarou que esta é uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, houve um conjunto de recomendações para os países afectados e também para os países vizinhos", recorda Nyka.

Para esta representante, os países fronteiriços devem “verificar os planos de contingência, sistemas e centros de reacção e mobilizar as pessoas”.

Outra mensagem que a organização faz passar concentra-se na urgência de fazer a detecção precoce da doença: quem tiver sintomas deve procurar os serviços de saúde para fazer o despiste do vírus o mais rápido possível. Quanto antes o fizer e em caso de infecção, “maior possibilidade tem de sobreviver e de evitar o contágio de outras pessoas”, explica Alexander.
Publico 16 de Agosto de 2014

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