Operações do Banco Mundial faz avaliação pós-Mesa Redonda
O governo guineense reuniu-se hoje com a Direção das Operações do Banco Mundial, com sede em Dakar, com propósito de se efetuar uma avaliação pós-Mesa Redonda rever e debater a carteira de projetos e sua viabilidade económico-financeira sectoriais e regionais face ao desenvolvimento.
De acordo com o comunicado do Ganinete de Comunicação do Primeiro-ministro a que Rispito.com teve acesso hoje, dia 18 de maio, a sessão foi aberta pelo Primeiro-Ministro Domingos Simões Pereira que teceu considerações sobre o enquadramento do evento, dizendo que “é uma oportunidade muito positiva”, pois, “o Banco Mundial é um parceiro muito importante” da Guiné-Bissau.
A Vera Songwe, Diretora das Operações (do Senegal, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Mauritânia e Gâmbia) referiu-se aos trabalhos que o Banco Mundial – BM, vem desenvolvendo para apoiar a implementação do PEO.
Sobre os 10 projetos de portefólios financiados pelo BM, falou o Ministro da Economia e Finanças, Geraldo Martins, abordando o projeto PPD, o sector privado e o agro negócios; o Ministro da Energia e Indústria, Florentino Mendes Pereira, a questão dos grupos geradores estragados e a problemática do gasóleo face ao fuel; o Ministro dos Recursos Naturais, Daniel Gomes da necessidade da ampliação da rede de água e a mineração extrativa; e o Secretário de Estado do Ambiente, Barros Bacar Banjai, questões ligadas ao projeto da biodiversidade. Igualmente, vários membros do Governo, durante o debate usaram da palavra para subsidiar os projetos em causa.
O encontro erviu para analisar os portefólios, que na opinião do Chefe do Governo periodicamente devem ser revistos “assumindo e corrigindo as falhas com objectivo” deste modo “estarão em condições para acelerar a implementação dos projetos”, afirmou o PM.
Ao resumir os debates o Primeiro-Ministro disse que têm que ser capazes de ultrapassar as dificuldades e corresponder aos objetivos preconizados da Visão problemática “Terra Ranka”. Falando dos mecanismos de Seguimento referiu-se que a estrutura proposta do Comité de Pilotagem será o Conselho de Ministros, porque todos os Ministérios têm que sentir envolvidos no PEO; que o Grupo Consultivo para além dos parceiros internacionais, a fim de garantir a harmonia, deve agrupar representantes da Presidência da República, da Comissão Especializada da ANP e a sociedade civil; que o Comité Operacional, deve ser assumido pelo Ministério da Economia, sendo uma célula dentro da Secretaria de Estado do Plano e Integração regional, no Comité Científico devem estar reunidas todas as estruturas de estudo e investigação, que trabalharão sob a orientação do INEP e que o Comité Regionais devem coincidir com os Gabinetes Regionais. Rematando, dizendo que cada ministério ao apresentar a sua proposta de reforma deve ser coerente com os objectivos do Programa do Governo.
À saída Vera Songwe interrogado pela imprensa sobre o encontro respondeu “...Nós falamos muito como podemos revitalizar o sector da agricultura... Com a agricultura nós podemos criar 200 mil empregos. Também falamos da educação... que nos permite relançar todo o sistema da educação... Do sector da energia ...” pois, o governo quer garantir a iluminação... “Hoje, há um pouco mais de eletricidade em Bissau. Este é trabalho de engajamento do governo após Mesa Redonda... que começa a meter as coisas, que o povo veja que as coisas estão a avançar... de uma Guiné-Bissau reunida, com contrato social entre o governo e o povo. Penso que o documento do governo “Terra Ranka” é verdadeiramente “Terra Ranka”. É um novo método de trabalhar, de abertura de discutir com os parceiros os problemas do nosso ponto de vista, como ponto de vista do governo.”
Para Geraldo Martins ministro da Economia e Finanças disse que “este é um exercício que chamam de revisão do portefólio. O Governo juntamente com o BM, passou em revista os diferentes projetos e programas financiados por esta organização e o seu objetivos. Procuramos quais são os problemas e tentamos em conjunto encontrar as melhores soluções para resolver esses problemas... De maneira em geral, o portefólio está a portar-se bem. Estão sendo classificados como projetos satisfatórios. Dos 10 projetos 8 são satisfatórios e 2 são modernamente satisfatórios... Este é um exercício de previsão e antecipação. Neste preciso momento, estão a trabalhar num pacote, para ajudar aqueles projetos que podem vir a ter problemas.” Mais adiante, diria “o BM renovou a sua iniciativa de apoiar a Guiné-Bissau. O compromisso mantêm-se... Como sabem o BM anunciou 250 mil milhões de dólares na Mesa Redonda em Bruxelas e o que estamos a fazer neste momento, não só em relação ao BM, mas em relação a todos outros parceiros é identificarmos quais são os projetos e quais são os programas em concreto que serão financiados.”
Para além, dos membros do governo, também participaram os conselheiros e assessores do Gabinete do Primeiro-Ministro IBAP, INEP e outros parceiros de desenvolvimento.
Lai Baldé/Rispito.com, 19 de Maio de 2015
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