sexta-feira, 4 de março de 2016

Presidência da Guiné-Bissau acusa Parlamento e PAIGC de "afronta" ao chefe de Estado

A Presidência da República da Guiné-Bissau classificou hoje como uma "afronta" o facto de os representantes do Parlamento e do PAIGC terem abandonado uma reunião com o chefe de Estado, José Mário Vaz

"O abandono do encontro pelos representantes dessas duas instituições determinantes nesta crise, além de incompreensível, configura mais uma tentativa de desrespeito e afronta ao Chefe de Estado", refere-se em comunicado.

O vice-presidente do Parlamento, Inácio Correia, e o primeiro-ministro guineense, Carlos Correia, em representação do Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC, no poder), abandonaram hoje um encontro no Palácio da Presidência sobre a situação política no país.

Ambos alegaram que o encontro devia decorrer entre instituições reconhecidas, não havendo lugar para o grupo dos 15 ex-deputados do PAIGC, expulsos do parlamento, uma posição já expressa em encontros anteriores.

Em comunicado, a Presidência da República refere que, "nos convites dirigidos", era anunciado que o encontro se destinava "à discussão conjunta" da proposta de acordo político apresentada por José Mário Vaz.

Apesar dos abandonos, a reunião continuou e "com a contribuição das partes, o documento ficou concluído", devendo o Chefe de Estado fazer "oportunamente" uma comunicação à Nação, refere-se no documento.

O Presidente da Guiné-Bissau apresentou na última semana uma proposta para que fosse anulada a expulsão de 15 deputados do PAIGC, que o partido afastou por pretenderem juntar-se à oposição para derrubar o governo eleito.

Na mesma proposta, Vaz defende que o atual Governo devia tomar medidas no sentido de gerar consenso em relação aos seus planos de governação.

O PAIGC, partido no poder que já responsabilizou o Presidente pela crise, considerou a proposta de José Mário Vaz "inaceitável".

Aquela força política recordou, em carta dirigida ao chefe de Estado na segunda-feira, que venceu as eleições de 2014 com maioria absoluta e, em último caso, remete o desfecho da situação para os tribunais.
Rispito.com/Lusa, 04-03-2016

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