quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

REAÇÕES A MAIS UMA EXONERAÇÃO DO PRIMEIRO-MINISTRO

Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, exonerou esta terça-feira (16.01.) Umaro Sissoco Embaló do cargo de primeiro-ministro.
Um decreto presidencial anuncia que o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, aceitou o pedido de demissão apresentado por Sissoco Embaló, numa carta que este lhe endereçou no passado dia 12.

O decreto assinala ainda que está em curso no país um processo de diálogo com vista à procura de uma saída para a crise política, com o chefe do Estado a consultar regularmente as forças vivas da sociedade, contando com o apoio dos parceiros da África Ocidental.

Ainda não é conhecido o nome da figura que irá substituir Umaro Sissoco Embaló, que esteve no cargo de primeiro-ministro durante 15 meses.

Exoneração do PM da Guiné-Bissau é insuficiente para acabar com crise 

A exoneração de Umaro Sissoco Embaló, decretada pelo chefe do Estado, José Mário Vaz, não é suficiente para acabar com a crise politica no país, defenderam alguns partidos ouvidos pela Lusa.  

João Bernardo Vieira, porta-voz do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), vencedor das últimas eleições mas arredado do poder devido às divergências com o Presidente guineense, indicou à Lusa que a exoneração de Umaro Embaló "por si só não acaba com a crise". 

"Esta crise só irá acabar quando o Presidente nomear Augusto Olivais primeiro-ministro, como diz o Acordo de Conacri", defendeu, referindo-se ao instrumento proposto pelos líderes da Africa Ocidental como solução para o impasse politico que dura há mais de dois anos na Guiné-Bissau.

Falando em nome do coletivo de partidos de oposição democrática, que reagrupa 18 formações políticas que contestam o Presidente José Mário Vaz, Idrissa Djalo disse à Lusa que a exoneração de Umaro Sissoco Embalo "é mais uma manobra" do chefe do Estado guineense. 

"Esta exoneração de Umaro Embaló é mesma manobra que José Mário Vaz quer fazer, como fizera com os outros primeiros-ministros que colocou e tirou do poder", observou Djalo. 

Umaro Sissoco Embalo é quinto primeiro-ministro exonerado pelo líder guineense, em três anos de mandato. 

O porta-voz dos partidos de oposição democrática defendeu que "desta vez" José Mário Vaz "não terá outra saída" que não passará pela nomeação de "um primeiro-ministro de consenso" que, disse, "é Augusto Olivais". 

Contactada pela Lusa, fonte do Partido da Renovação Social (PRS), único dos cinco partidos no Parlamento guineense, que apoiou o governo de Umaro Embaló, disse que aquela formação política "para já não pretende reagir" sobre a exoneração do primeiro-ministro. 

A Lusa tentou contactar os outros três partidos com assento parlamentar, PCD, PND e UM, mas ninguém se manifestou disponível para falar. 
Rispito.com/Lusa/DW, 17-01-2018

1 comentário:

  1. De facto O PAIGC, PND, PCD, UM não podem dar suas opiniões porque as questões de exoneraões de JOMAV são as suas agendas de Rotinas e de irresponsabilidades Constituicionais de uma pessoa que não sabia e continua não saber o que lhe levou a presidência da República! PONTO FINAL!

    ResponderEliminar

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público