DSP questiona pertinência do almoço do PR com militares
O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira questionou hoje a pertinência de um almoço realizado na quinta-feira entre o Presidente da Republica e militares no Quartel-General em Bissau.
O Presidente guineense, José Mário Vaz, almoçou na quinta-feira com os oficiais das Forças Armadas, sem que os jornalistas pudessem testemunhar o inédito acontecimento.
Falando numa conferência de imprensa, o líder do PAIGC, partido mais votado nas últimas eleições legislativas guineenses, considerou que "normalmente é o ministro da Defesa que deve manter contactos directos com os militares", mas tendo o Presidente tomado a iniciativa, disse que a mesma deve ser aceite.
"O que nós questionamos é a pertinência pelo seu momento e o conteúdo das comunicações que lá foram feitas", defendeu Domingos Simões Pereira, revelando ter tido conhecimento que José Mário Vaz teria sugerido um outro encontro "mais restrito" para informar os militares dos propósitos da visita.
Segundo Simões Pereira, o Presidente da República passa uma mensagem completamente errada quando a meio da sua intervenção diz que não tem condições de dizer tudo o que o levou ao Estado-Maior.
O líder do PAIGC disse ainda estar muito bem informado" sobre o teor das conversas entre José Mário Vaz e os militares e lamenta que o Presidente do país precise de reuniões restritas para comunicar decisões.
"Um comandante-em-chefe das Forças Armadas fala para a Nação, não fala para grupo de pessoas e não pode ter segredos com as chefias militares, observou o líder do PAIGC, deixando mensagens à classe castrense.
Rispito.com/Angop, 16-02-2018
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