quarta-feira, 30 de maio de 2018

FMI denuncia má gestão e corrupção em empresas estatais

Image result for Óscar MelhadoO representante do Fundo Monetário Internacional (FMI) na Guiné-Bissau, Óscar Melhado, denunciou a existência de práticas de má gestão e corrupção em duas empresas estatais do país e pediu ao novo primeiro-ministro a tomada de medidas.

Óscar Melhado está a ser citado hoje pelas rádios de Bissau, através das declarações que proferiu na terça-feira, perante alunos de uma universidade, durante a divulgação de políticas macroeconómicas de países subsaharianas.

Falando da situação da Guiné-Bissau, o representante do FMI considerou que existem sinais de má gestão nas empresas de Electricidade e Águas (EAGB) e na Autoridade Reguladora Nacional das Telecomunicações (ARN).

"O problema da EAGB prende-se com a gestão e governabilidade da empresa, com muita corrupção (…), é o resultado de uma auditoria que determinou muitas irregularidades naquela empresa", declarou Óscar Melhado.

Disse, no entanto, que como o próprio primeiro-ministro Aristides Gomes defende, a solução para EAGB, que não consegue dar energia e água canalizada à população de Bissau de forma regular, é proceder a reformas profundas na empresa.

Um relatório do Tribunal de Contas, divulgado em Março, apontava para "graves irregularidades na gestão" de várias empresas e instituições públicas guineenses, entre as quais a ARN e a Empresa de Electricidade e Águas da Guiné-Bissau (EAGB).

Óscar Melhado afirmou estar na posse de informações que indicam que mais de cinco mil milhões de francos CFA não dão entrada na tesouraria da autoridade reguladora das telecomunicações.

"Por cada antena de recepção de internet, pagamos à ARN três milhões, mas esse dinheiro não entra na tesouraria. São aproximadamente cinco mil milhões de francos CFA (cerca de sete milhões de euros)", observou Melhado.

O representante do FMI na Guiné-Bissau disse ter sugerido ao novo primeiro-ministro que controle esse dinheiro que, sublinhou, podia ser aplicado na construção de escolas.
Rispito.com/Angop, 30-05-2018

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