A QUALIDADE DO ENSINO SUPERIOR NA GUINE-BISSAU!
Temos hoje na Guiné-Bissau muitas instituições do ensino superior privadas e nehuma Pública que anualmente formam um numero considerado de quadros. É notório o facto de o número de Licenciados por essas instituições ter aumentado significativamente nos últimos anos. O nosso pais conta actuamente com três Universidades Privadas a saber: A Lusofona, Colinas de Boé, e Jean Piaget.
Se é satisfatória a quantidade de licenciados que as universidades e outras escolas superiores lançam para o mercado de trabalho anualmente, a questão da qualidade desses quadros é ainda motivo de preocupação.
Ao que parece, algumas instituições de ensino superior querem ensinar com olhos postos no mercado de trabalho, de modo a satisfazer as necessidades deste.
Não pretendem estas instituições de ensino superior formar por formar, sem ter em atenção que quadro é que o mercado de trabalho realmente quer.
A Guiné-Bissau neste momento esta a precisar de escolas profissionais para fazer face as dificuldades que o pais atravessa, não proliferar os quadros superiores que nada trazem ao pais.
As instituições de ensino superior devem, se necessário for, reformular os seus programas curriculares, para poderem servir cada vez melhor a sociedade, no processo de crescimento e desenvolvimento do pais.
A dias estive eu a consultar programas curriculares de uma das universidades do pais sem ter encontrado nenhuma cadeira ligada a nossa integração regional, mas encontrei uma cadeira denominada ‘’ECONOMIA PORTUGUÊSA E INTEGRAÇÃO EUROPEIA’’é importante que as nossas universidades e escolas superiores estableçam programas curriculares que tenham em conta a nossa inserção num processo de integração economica.
É necessário que sejam criadas as estratégias, ou seja,as instituições devem apostar mais nas melhorias de modo a preparar melhor os formandos para o mercado de trabalho, como por exemplo investir mais em materiais didácticos e abrir centros de investigações, ou seja, as universidades devem caminhar juntos com as novas tecnologias, isto como forma de proporcionar aos estudantes melhores condições para aquisição do conhecimento.
Mas não bastará reformular programas curriculares. Haverá ainda necessidade de termos bons professores universitários com uma sólida formação cientifica e pedagógica. Podemos ter bons programas curriculares, mas se não houver excelência ao nivel do corpo docente universitário, de nada valerá o esforço.
Desta forma a conclusão a que chequei, é que o ensino superior na Guiné-Bissau deve ser repensado,primeiramente no que diz respeito aos cursos que estão disponiveis na maior parte das universidades, dever-se-á refletir sobre a possibilidade de introduzir novos cursos, mais ligados a nossa realidade que certamente possibilitarão a criação de mais postos de trabalho que permitirão aos estudantes adquirirem melhores capacidades para ajudarem no desenvolvimento do pais. Outro problema é a tendência que as universidades guineenses têm de seguir as normas estrangeiras , que as vezes não são compativeis com as reais necessidades do pais.
A qualidade do ensino universitário na Guiné-Bissau ainda esta longe dos niveis desejados. O problema vai desde o sistema básico de ensino á falta de investimentos no sector.
O aumento significativo do número de escolas de curso superior ainda não se faz acompanhar pela qualidade e rigor necessários, sobretudo quando comparado com os demais paises africanos.
Por:
Mestre : Aliu Soares Cassamá
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Presado Aliu Soares Cassamá, Aceita os meus parabéns antes de mais. Subscrever na íntegra tudo o que disseste sobre a qualidade do nosso ensino em geral e particularmente do ensino superior. Há dias constatei de que duas estudante uma com décimo segundo ano e outra com décimo primeiro ano de escolaridade não tinha ideia da localização da Coluna Vertebral, aliás, não tinham a mínima ideia do que se trata.Assim, não vamos lá não. Apelo à Inspecção do Ministério da Educação que seja muito mais incisivo sob pena de um descalabro total do nosso sistema de ensino. Parabéns Aliu Soares Cassamá.
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