Bebé doente guineense retido pelo SEF no aeroporto de Lisboa
Um menino, de dois anos, que precisa de receber tratamento médico está retido no Centro de Instalação Temporária (CIT) do aeroporto de Lisboa desde domingo, depois de o Serviço de Estrangeiros Fronteira ter impedido a sua entrada em Portugal, após aterrar na companhia da mãe num voo oriundo da Guiné-Bissau.
Segundo o CM apurou, Djamabo Sanhá, a progenitora, de 28 anos, viajou para Portugal com um visto turístico válido para o espaço Schengen emitido pelo consulado de Espanha na Guiné e uma carta médica a solicitar uma intervenção cirúrgica urgente para a criança devido a um problema grave nas amígdalas e à falta de otorrinolaringologistas naquele país. Mas ficaram logo retidos, uma vez que um inspetor do SEF teve dúvidas na documentação.
Apesar de ter aterrado às 04h00 de domingo, só depois das 18h00 um advogado pago por amigos da mulher conseguiu entrar no CIT e falar com mãe e filho. A seguir interpôs um pedido de asilo humanitário, que ainda está em análise.
Amigos da mulher alegam que mãe e filho não tiveram acesso à bagagem, ficando sem roupa ou fraldas. Ao CM, o advogado José Gaspar Schwalbach afirma que, na prática, esta situação configura "uma detenção". O SEF esclarece que mãe e filho foram retidos "por não comprovação do objetivo e condições de estada e falta de meios de subsistência", garantindo que "à criança e à mãe estão a ser asseguradas todas as condições, nomeadamente de higiene, alimentação, repouso, assistência médica e segurança".
Rispito.com/CM, 14-09-2018
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