Missão da CEDEAO em Bissau visa garantir que roteiro para legislativas é respeitado

"Identificámos alguns receios e estamos aqui para dialogar com todos os envolvidos (no processo eleitoral) e assegurarmo-nos de que o roteiro dos chefes de Estado da CEDEAO será respeitado", afirmou o chefe da diplomacia nigeriana, depois de um encontro com o Presidente guineense, José Mário Vaz.
Geoffrey Onyeama chefia a missão ministerial da CEDEAO que chegou à capital guineense para analisar o processo para as eleições legislativas na Guiné-Bissau.
Segundo o ministro nigeriano, a missão pretende garantir que todos os votos dos guineenses são contados e que todo o processo é credível e transparente, mesmo a nível técnico.
"Que os equipamentos fornecidos funcionam bem e serão fiáveis para criar a máxima confiança do povo da Guiné-Bissau neste processo eleitoral e assegurar que a CEDEAO continua comprometida", afirmou Geoffrey Onyeama.
O líder da missão salientou que na CEDEAO há a prática da boa governação e de boas eleições e que a "Guiné-Bissau não será uma exceção".
Depois do encontro com o Presidente guineense, a missão da CEDEAO esteve reunida com o primeiro-ministro. Durante a tarde, a missão terá encontros com os partidos políticos e representantes da comunidade internacional.
As eleições legislativas na Guiné-Bissau estavam inicialmente marcadas para o dia 18 de novembro, mas dificuldades na preparação do processo, nomeadamente atrasos no recenseamento eleitoral, levaram ao adiamento do escrutínio.
O recenseamento eleitoral também está a ser polémico e o Ministério Público guineense está a investigar alegadas irregularidades no processo.
No âmbito daquela investigação, o Ministério Público ordenou a suspensão dos trabalhos de recenseamento eleitoral, requisitou às forças de segurança para controlar as entradas e saídas do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral e para interditar a entrada de pessoas não autorizadas no edifício da GTAPE.
Na terça-feira, a Procuradoria-Geral da República emitiu um comunicado à imprensa no qual afirma que nunca suspendeu o recenseamento eleitoral e que apenas ordenou a suspensão dos trabalhos do servidor principal.
Em resposta ao comunicado da Procuradoria-Geral da República, o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, pediu ao Ministério Público para libertar as instalações do Gabinete Técnico de Apoio ao Processo Eleitoral para que o recenseamento eleitoral prossiga.
"Se não ordenou, que deixe o pessoal do GTAPE retomar o trabalho. A sede do GTAPE é o cérebro. Se o cérebro não funciona, não estou a ver como um indivíduo pode ter reflexos, os reflexos partem do cérebro. Para ser coerente que liberte as instalações da GTAPE e que a GTAPE possa continuar o seu trabalho", afirmou Aristides Gomes.
Rispito.com/Lusa12-12-2018
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