quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Movimento apoia mulheres candidatas às legislativas de 10 de março na Guiné-Bissau

A imagem pode conter: 8 pessoas, ar livreO Movimento Mais Mulheres (MMM), espaço que junta várias organizações de mulheres da Guiné-Bissau, tem em marcha uma campanha de apoio às candidatas a deputadas de todos os partidos concorrentes às eleições legislativas de 10 de março.
A líder do MMM, Djenani de Jesus, disse à Lusa que a ideia é "ajudar as mulheres a elegerem-se", dando-lhes apoio na elaboração de estratégias de comunicação e de captação de votos durante a campanha eleitoral, que arranca a 16 de fevereiro e vai decorrer até 08 de março.
O MMM é constituído por mulheres que estiveram na origem da inédita lei, recentemente aprovada no parlamento guineense, que impõe a quota mínima de 36% de mulheres nas listas de candidatos a deputados.
De acordo com Djenane de Jesus, o grupo percebeu que só a aprovação da lei da paridade "não será suficiente para fazer eleger mulheres no número que o país precisa", daí que decidiu "dar ferramentas técnicas" às candidatas que queiram pedir apoio.
A plataforma irá capacitar as candidatas em matéria de elaboração de estratégias de campanha e colocará à sua disposição um espaço de dois mil metros quadrados de superfície, a partir do dia 02 de fevereiro, para encontros interativos com os eleitores para falar dos propósitos eleitorais.
As candidatas de todos os partidos que assim o solicitarem terão também um espaço na televisão da Guiné-Bissau para o apelo ao voto.
A responsável pela iniciativa indicou à Lusa que o MMM considera crucial o apoio às candidatas por considerar que "a lei da paridade por si só não chega".
"Sentimos que a aprovação da lei decorreu da pressão do momento, por causa das eleições, mas na realidade os partidos não estão preparados a dar espaço às mulheres na política", observou Djenani de Jesus.
Para implementação do projeto, o Movimento Mais Mulheres conta com o apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Djenani de Jesus ainda não sabe ao certo quantas mulheres irão concorrer às legislativas de 10 de março.
O Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que na Guiné-Bissau também exerce as competências de tribunal eleitoral, deve publicar ainda esta semana as listas provisórias de candidaturas aceites, após ter apreciado os dossiês entregues pelos 24 partidos concorrentes ao escrutínio.
Rispito.com/Lusa, 30-01-2019

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