José Mário Vaz diz que não esperava cumprir o mandato sem golpe de Estado
O Chefe de Estado
cessante da GuinéBissau, José Mário Vaz,
pediu tempo ao
Movimento Político de
apoio a Botche Candé para decidir sobre a sua
eventual recandidatura
nas eleições
presidenciais de 24 de Novembro próximo.
Este pronunciamento de José Mário Vaz foi ouvido nesta quarta-feira, 24 de
julho, num encontro, em
Bissau, que serviu para o
referido movimento
solicitar a Mário Vaz a
recandidatar-se a sua
própria sucessão, o
presidente da República
informou que há um mês
que está a receber as
solicitações por parte de
algumas franjas da
sociedade guineense,
armando que há um
conjunto de situações
que não estão reunidas
para tomar essa decisão.
Contudo, garantiu ao
movimento que levou
em conta a sua
solicitação.
“Hoje é o princípio de
uma história. Dê-me
alguns dias ou algumas
semanas para dar uma
resposta ao vosso
convite. Quero-vos dizer
que se hoje estou a
sofrer é por causa das
pessoas que saíram do
interior. Podia ter um
mandato tranquilo.
Mas disse sempre que
devemos ajudar as
pessoas mais
carenciadas, pessoas
com mais problemas e
diculdades. É
realmente por causa
dessa defesa que estou a
ser insultado” disse
Mário Vaz, desaando os
guineenses a
trabalharem de mãos
dadas para o
desenvolvimento da
Guiné-Bissau.
“É chegada a hora de
pormos a mão na lama.
Qualquer processo de
desenvolvimento de um
país é iniciado no
interior. É no interior
que devemos iniciar o
nosso desenvolvimento,
apostando na
agricultura. Peço-vos
que me acompanhem.
Depois de cinco anos de
estabilização, é chegada
a hora de a Guiné-Bissau
ser um povo. Um povo
unido para desenvolver
o país” insistiu.
Por outro lado, José
Mário Vaz lembrou que
a Guiné-Bissau está a
assistir, pela primeira
vez, ao m do mandato de um Presidente da
República, por isso, disse
o chefe de Estado, a 23
de junho levantou-se
vários problemas: “Será
que esse Presidente
deve ou não permanecer
no poder? Essa questão
foi levantada, porque,
desde 1994 nenhum
Presidente eleito
chegou ao m do seu
mandato”, avançando
que agora a ANP tem a
condição de legislar,
“depois de o Presidente
da República atingir o
seu mandato como é que
esse presidente vai
continuar no futuro”.
“Hoje parece-me que é
um sonho, porque
vamos às eleições
presidenciais sem
problemas. Eu não
esperava que ia
completar cinco anos
sem golpe de Estado e
sem ter presidentes de
transição. Desta vez não
há transição.
Desta vez
quem estiver de cócoras
para esperar o poder
para ser presidente de
transição não vai
conseguir.
Quem quiser
poder vai pedir ao povo,
apresentando a sua candidatura e concorrer
em pé de igualdade com
outros cidadãos para ser
presidente da
República” disse Mário
Vaz, e lembrou que em
tempos os militares
foram apontados como
responsáveis pelas
constantes crises na
Guiné-Bissau. Mas hoje,
os militares deram
provas de que não são
responsáveis pelas
sucessivas crises
políticas, mas sim são os
políticos.
Rispito.com/e-Global, 26/07/2019
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