Tabanka Djaz lança novo álbum em Outubro com temas a chamar atenção dos políticos guineenses
O grupo musical Tabanka Djaz deve lançar no mercado, em Outubro, um novo álbum e, como sempre, “lá estarão temas a chamar atenção” dos políticos da Guiné-Bissau, pela situação política “muito complicada e preocupante”, segundo Micas Cabras.
O líder da banda, em declarações na Baía das Gatas, após a actuação do grupo, formado maioritariamente por guineenses residentes em Portugal, adiantou que “o mais grave de tudo” é que “não se vê a luz ao fundo do túnel”, capaz de indicar uma melhoria na Guiné-Bissau.
“Cada etapa que é ultrapassada, à espera de dias melhores, acontece sempre episódios desagradáveis”, concretizou a mesma fonte, pelo que, sustentou, é momento de os políticos na Guiné-Bissau “começarem a pensar um pouco mais no povo”.
Crítico da forma como o seu país tem vindo a ser dirigido, Micas Cabral declarou que já são “mais de 40 anos de independência” e que a Guiné-Bissau “ainda não deu um passo”, tirando os primeiros anos pós-independência, precisou, em que o país “deu mostras de desenvolvimento e algum sentido de Estado e de Nação”.
“Mas, infelizmente, nos últimos 30 e poucos anos, tem sido catastrófica a situação na Guiné-Bissau, temos pena porque é a nossa terra, vivemos na Europa, mas o sonho é regressar, viver, sermos acolhidos por aquilo que é nosso e é pena que cada vez notámos que tal está cada vez mais distante”, considerou.
Por isso é que, ao cantar as suas músicas de intervenção, segundo Micas Cabral, Tabanka Djaz mais não faz do que chamar a atenção aos políticos, o que já vem desde 1996, com o disco “Esperança”.
“Nessa álbum, cantamos a esperança da Guiné-Bissau, mas infelizmente essa música ‘esperança’ contínua actual, o que é grave, e não gostaríamos que assim fosse”, explicou Micas Cabral, pois, o desejo, sintetizou, era falar dessa música como sendo do passado.
“Mas ela é uma música do presente pelo que se torna necessário que se repense muito seriamente a Guiné-Bissau”, pontuou.
Sobre a actuação dos Tabanka Djaz no Festival da Baía das Gatas, 22 anos depois, o vocalista considerou-se “super feliz” por regressar àquele palco, do qual guarda “boas recordações” e que foi oportunidade de reviver “bons momentos”.
Rispito.com/Expresso das Ilhas, 12/08/2019
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