quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020

Umaro Sissoco Embaló toma posse simbólica como presidente da Guiné-Bissau

A imagem pode conter: 1 pessoa, em pé e óculos graduadosUmaro Sissoco Embaló tomou hoje posse simbolicamente como presidente guineense e prometeu refundar o Estado através de promoção do patriotismo, competência, altruísmo e realizações que os cidadãos não veem após 47 anos da independência.
No seu discurso, perante Nuno Nabian, primeiro vice-presidente do parlamento que lhe conferiu posse de forma simbólica, Sissoco Embaló anunciou uma nova era para a Guiné-Bissau "de dignidade, paz e progresso para todos os guineenses" que considerou como "povo heroico, nobre e honrado".

Embaló defendeu que volvidos 47 anos desde a independência, a Guiné-Bissau passou por situações que conduziram "à tragédia coletiva", ao ponto de o país ter hoje "piores escolas, piores hospitais e piores infraestruturas".

Para mudar esta realidade, o candidato apontado como vencedor das presidenciais pela Comissão Nacional de Eleições, que se assume como elemento da 'geração de concreto' propõe refundar o Estado e as suas instituições, a começar no setor da Justiça - para acabar com o banditismo político - e a administração pública, onde, disse, grassa a corrupção.

Embaló exortou os guineenses a "baixarem as armas" a partir de hoje, garantindo que será o presidente de todos os cidadãos e alguém que estará na linha da frente para a credibilização da imagem externa do país.

A posse simbólica de Umaro Sissoco Embaló decorreu sem a presença de nenhum dignitário internacional, estando apenas os embaixadores da Gâmbia e do Senegal.

A seguir à cerimónia, que decorreu numa unidade hoteleira, Umaro Sissoco Embaló, já com a faixa presidencial, seguiu, acompanhado pelo Presidente cessante, José Mário Vaz, para o palácio da presidência no centro de Bissau.

Já na presidência, foi feita uma nova cerimónia de transferência de poderes, após a qual o Presidente cessante abandonou o Palácio Presidencial, no centro de Bissau, onde milhares de apoiantes de Embaló festejam.

O primeiro-ministro guineense, Aristides Gomes, considerou hoje que esta tomada de posse simbólica é "um golpe de Estado" com o patrocínio do presidente cessante do país.

O presidente do parlamento guineense, Cipriano Cassamá, que conforme a lei do país é quem concede a posse ao Presidente eleito, demarcou-se da cerimónia, alegando aguardar pela decisão do Supremo Tribunal de Justiça ao recurso interposto pelo candidato Domingos Simões Pereira, alegando irregularidades e fraude eleitoral.
Rispito.com/Lusa, 27/02-2020

Sem comentários:

Enviar um comentário

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público