GuinéBissau: Cipriano Cassamá com a complexa missão de conciliar os partidos políticos
A missão que o
Presidente da República,
Umaro Sissoco Embaló,
entregou ao presidente
da Assembleia nacional
Popular (ANP), Cipriano os partidos com assento
parlamentar, para a
formação de um
Governo de consenso e
evitar a dissolução da
Assembleia Nacional
Popular (ANP), está a
revelar-se complicada
As divergências entre
ambas as partes estão
cada vez mais vincadas,
e a estratégia inicial de
envolver estruturas
extra políticas na busca
de uma solução foi
fortemente criticada
pela actual aliança
governativa formada
pelo MADEM, PRS e
uma ala da APU-PDGB.
Esta segunda-feira, 01
de Junho, à saída de um
encontro com Cipriano
Cassamá, Braima
Camará coordenador do
MADEM, vincou que
não foi uma boa ideia o
Presidente da ANP
envolver o P5
(representações das
Nações Unidas, União
Europeia, União
Africana, CPLP e
CEDEAO) na busca de
entendimento. O PRS para provar onde está a
maioria, enquanto uma
ala da APU admitiu a
possibilidade de integrar
o PAIGC na actual
governação. O encontro
nal para preparação da
resposta a entregar
Umaro Sissoco Embaló
deverá acontecer na
próxima quinta-feira, 04
de Junho, juntando
todas as partes mesma
mesa.
O dia 1 de Junho foi
dedicado por Cipriano
Cassamá a consultas
com os partidos políticos
com assento
Parlamentar. Cada um
apresentou a sua
posição. A União Para
Mudança, que tem-se
destacado com uma
postura diferente de
todos, não reconhece
Umaro Sissoco como
Presidente da República
e por conseguinte não
responde às suas
convocatórias, e voltou a
car isolada na sua
posição. O partido
continua a defender o
respeito da Lei, e terá
sugerido ao Presidente ao partido que foi
vencedor das eleições.
Agnelo Regalla,
presidente da União
Para Mudança enviou a
mensagem ao
Presidente da República
sublinhando que “as leis
são inegociáveis” e a
persistir na manutenção
do poder, será abrir
precedentes graves para
o país. Uma posição
semelhante à do Partido
de Nova Democracia.
Embora concorde com a
busca de entendimento,
Abas Djaló, vicepresidente do partido,
defendeu que se deve
levar em consideração a
vitória eleitoral do
PAIGC.
Em relação à APU,
partido liderado por
Nuno Gomes Nabiam,
Cipriano Cassamá
esteve perante o mesmo
dilema de Umaro
Sissoco de saber quem é
o real interlocutor do
partido. Cipriano
Cassamá recebeu os éis
de Nuno Gomes Nabian,
em detrimento do possibilidade de gerar
um impasse. Jorge
Mandinga, actual
ministro dos
Transportes, que cheou
a delegação da APU, no
encontro com Cipriano
Cassamá começou por
interrogar como é que o
PAIGC quer liderar um
Governo, quando não
reconhece o actual
Presidente da República.
Jorge Mandinga
defendeu também que o
actual governo é
suportado pela maioria,
mas, em prol de um
entendimento, disse
estarem receptivos para
integrarem o PAIGC na
governação.
As posições mais
sonantes foram do PRS e
MADEM, que contam
com 48 deputados na
ANO. Jorge Malú,
ministro de Recursos
Naturais e um dos vicepresidentes do PRS,
disse no nal do
encontro com Cipriano
Cassamá que há uma
maioria que sustenta o
actual Governo e a única
saída é a convocação da lado está a maioria.
Braima Camará, do
MADEM, insistiu que
Cipriano Cassamá
cometeu um erro,
violando as
recomendações de
Umaro Sissoco que
“ordenou um diálogo
interpartidário
“Infelizmente o
presidente da ANP
começou mal. Ele
envolveu o P5 num
assunto meramente
interpartidário. O que é
que justica isso? O
Presidente da República
disse claramente que
devia ser o diálogo entre
os partidos. É isso que
queremos. Para ver, se
pela primeira vez
conseguimos alcançar o
entendimento entre
nós”, sublinhou Braima
Camará. Apesar das
críticas, não afastou a
possibilidade de
prosseguir as
negociações,
defendendo sempre a
manutenção do actual
Governo.
apresentar na quintafeira 04 Junho uma nova
proposta aos partidos,
Maria Odete Costa
Semedo, segunda vicepresidente do partido,
considerou que Cipriano
Cassamá tem uma
oportunidade que não
deve desperdiçar. Odete
Semedo acredita que
estão reunidas as
condições para Cipriano
Cassamá conseguir o
entendimento, pelo que
não deve deixar-se
enganar.
Segundo a agenda de
Cipriano Cassamá, a 4
de Junho haverá uma
nova ronda de
negociações, desta vez
para debater as
propostas do PAIGC e a
resposta dos partidos
políticos com assento
parlamentar.
Esta maratona dos
partidos políticos
enquadra-se no
cumprimento das
recomendações
apresentadas pela
CEDEAO, quando
reconheceu Umaro presidenciais de 29 de
Dezembro de 2019. Na
mesma ocasião a
organização subregional recomendou
também que deveria ser
nomeado um novo
Primeiro-ministro e
Governo em
conformidade com os
resultados eleitorais e a
Constituição da
República,
Rispito.com/e-Global, 03/06/2020
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