sexta-feira, 14 de agosto de 2020

População guineense apela a medidas contra cheias

Baixa de Bissau alagada a 13 de Agosto de 2020.

A Guiné-Bissau tem sido fustigada nos últimos dias por chuvas em abundância.Como consequência há inundações nas cidades e vilas e cheias nos arrozais.Um pouco por todo o lado a população pede socorro ao Governo e às ONG. 

O ministro do Ambiente e da Biodiversidade, Viriato Soares Cassamá, disse à RFI que o país já começou a sentir as consequências da forma errada como tem ocupado os terrenos sobretudo nas zonas húmidas.

O dirigente afirma que Agosto e Setembro serão os meses de maior pluviometria e que se tem constatado chuvas abundantes "de há três semanas para cá, chuvas intermitentes têm estado a provocar danos", realçou.

Cassamá alerta ainda para o cuidado necessário "em relação à cedência de terrenos". "Tem havido ocupação descontrolada e desenfreada das zonas húmidas, que é uma zona de excelência de recarga de aquíferos. Esta zona tem estado a sofrer a betonização por tudo o que é sítio, não só em Bissau, mas também nas regiões.".

O governante alega que "a água que se infiltra no subsolo para alimentar os nossos lençóis freáticos tem tido dificuldade em chegar ao seu destino natural."

Viriato Cassamá disse ainda ser normal que animais como crocodilos estejam a aparecer com frequência em terrenos habitados por seres humanos, em consequência da subida das águas dos rios, em consequência das cheias nas zonas urbanas porque a água que cai das chuvas nao conseguem drenar para o mar, justamente porque as zonas ribeirinhas estão ocupadas por betão usado para construção de habitações.

Se medidas urgentes não forem tomadas, para proibir a construção em zonas húmidas, o ministro do Ambiente e da Biodiversidade prevê mais estradas alagadas e mais campos de cultivo do arroz inundados na Guiné-Bissau.
Rispito.com/RFI, 14/08/2020


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