PJ da Guiné-Bissau detém três responsáveis do Ministério da Saúde por alegado desvio de dinheiro
A Polícia Judiciária da Guiné-Bissau deteve três funcionários do Ministério da Saúde por alegado envolvimento no desvio de vários centros de saúde da região sanitária de Bafatá, no leste do país.
"A PJ deteve hoje ao princípio da tarde três suspeitos", disse à Lusa fonte daquela força de investigação criminal.
Segundo a mesma fonte, os três detidos são o diretor-geral de administração do sistema de saúde, Silvino N'Dafa Brava, o administrador regional de saúde, Osvaldo Simão Fiare, e o diretor administrativo e financeiro do Ministério da Saúde, Samba Baldé.
Em causa está o alegado desvio de 100 milhões de francos cfa (cerca de 152 mil euros) de vários centros de saúde da região sanitária de Bafatá.
A imprensa guineense referiu que o dinheiro faria parte de um projeto de cooperação para reforço de assistências nos centros de saúde a mulheres e crianças.
O Ministério da Saúde desvalorizou, na sexta-feira, em declarações à imprensa o alegado desvio, afirmando que se tratou de um "ato administrativo legal".
"O Ministério da Saúde, mediante uma declaração previamente elaborada, mandou emprestar dinheiro das suas estruturas sanitárias, a título devolutivo, um ato meramente administrativo e legal e não constitui assim um roubo ou desvio como está a ser especulado nos órgãos de comunicação social", afirmou sexta-feira o diretor-geral de administração do sistema de saúde, Silvino N'Dafa Brava, hoje detido.
"A PJ prossegue as investigações e poderá fazer mais detenções", acrescentou a fonte daquela força de investigação criminal.
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