segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Rádio Capital FM sofre novo ataque destruidor

A Rádio Capital FM foi esta segunda- feira objecto de novos ataques de homens armados que destruiram os equipamentos encontrados na redação, e provocado ferimentos em alguns jornalistas e técnicos.

Segundo a Rádio Sol Mansi que cita Mustafá Queita, administrador dessa rádio , um grupo de homens armados com fardamento militar insurgiu na rádio e fez disparos contra os computadores, os estudos e emissores, deixando esses equipamentos completamente danificados.

A invasão provocou pânico e na tentativa de fuga três profissionais desta estação emissora sofreram ferimentos que necessitaram de assistência médica.

Contatado pela ANG,Sumba Nansil, jornalista e diretor executivo da CFM não avançou mais permonores sobre o ataque mas prometeu falar mais tarde quando recolher mais informações sobre o sucedido.

A ANG falou igualmente com um dos jornalistas da Rádio Capital, Ansumane Sow que confirmou ter ficado ferido, em consequência desse ataque.

A 26 de julho de 2020, homens armados não identificados e com uniformes da Guarda Nacional da Guiné-Bissau atacaram as instalações da Rádio Capital FM e destruíram os equipamentos de transmissão.

A Capital FM tem sido, no período da manhã, a líder da audiência com a apresentação do seu programa “Frequência Activa”, atravês da qual os seus ouvintes, na maioria das vezes, fazem “criticas ousadas” contra o Presidente da República e membros do actual Governo.

O vice-presidente do Sindicato Nacional de jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o sector público, Fátima Tchuma Camará considerou inadmissível os ataques com arma de fogo contra a Rádio Capital FM registados esta, segunda-feira, em Bissau.


Segundo Thuma Camará, o ataque visa fazer calar os órgãos de comunicação social, o que, segundo diz, não será possivel porque o nível da “ação-cidadã” existente no país já permite que todos conheçam os seus direitos e deveres”

“Se se fizer calar  esta rádio outras vão continuar a emitir.Hoje em dia já não há quem não tenha a consciência dos seus direitos e deveres enquanto cidadão”, sustentou.

Disse  que o assalto e destruição da rádio não podem fazer as pessoas calarem-se. “Se Deus quiser esta rádio vai ser erguida e voltará a estar em funcionamento”, disse.

Tchuma renovou o apelo aos órgãos de comunicação social de informar, educar e sensinbilizar as populações, pediu que o exercício da profissão fosse de acordo com as leis que o  regulamentam, observando o princípio do contraditório.

Tchuma Camará, jornalista sénior da Rádiodifusão nacional e Correspondente da RDP/África pede a quem  se sentir lezado com  a imprensa  que recorra a justiça.

O ataque desta segunda-feira, perpetrado por homens armados e com uniforme militar provocou a destruição de emissores e computadores da estação que emite criticas mais ousadas  contra  decisões e atuações do Presidente  da República e do governo , através do Programa matinal “Frequência Activa” ,em que os ouvintes são convidados a opinar sobre a vida política e social da Guiné-Bissau, iniciativa que alguns observadores consideram de   exercício de liberdade de expressão.

“Esta rádio dá voz aos que não têm voz”, disse Fátima Tchuma Camará, vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas e Técnicos da Comunicação Social para o setor público.

A mesma rádio foi, há dois anos, objecto de ataque destruidor por um grupo de homens fardados, e deixou de emitir  por algum tempo. O caso está na justiça mas os “atacantes” ainda não foram descobertos.
Rispito/ANG/ÂC//SG, 07/02/2022

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