segunda-feira, 16 de maio de 2022

Força de estabilização da CEDEAO na Guiné-Bissau dura 12 meses - fonte militar

A Missão de Estabilização e Segurança para a Guiné-Bissau (MSSGB) vai ter a duração de 12 meses e começa a chegar ao país na quarta-feira, disse hoje à Lusa fonte militar.

Inicialmente, o primeiro contingente de 90 militares deveria entrar no território guineense na terça-feira, mas "razões operativas” fizeram protelar a operação para quarta-feira, precisou a fonte.

“Como são militares de diferentes países é preciso concentrá-los num único país para depois partirem para a Guiné-Bissau. São só razões operativas”, referiu a fonte militar guineense ao justificar a mudança do dia da chegada da missão.

Devem integrar a força MSSGB da CEDEAO, os militares da Nigéria, Togo e Senegal, num primeiro momento, podendo mais tarde ser reforçada por soldados de outros países da comunidade oeste-africana, precisou a fonte militar guineense.

Uma delegação do Estado-Maior General das Forças Armadas guineense deverá receber o contingente de 90 militares da MSSGB a partir do posto de fronteira de Djegue, em São Domingos, a escassos quilómetros do Senegal.

Um grupo de oficiais do comando da força já se encontra em Bissau, desde finais de abril, e o grosso do contingente será instalado no Clube Militar, no bairro da Santa Luzia, e no quartel do regimento da Banda de Música, junto ao aeroporto Osvaldo Vieira.

Os chefes de Estado e de Governo da CEDEAO decidiram enviar uma força de estabilização para o país na sequência do ataque ao Palácio do Governo, em 01 de fevereiro, quando se encontrava a decorrer uma reunião do Conselho de Ministros com a presença do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e o primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ataque que o Presidente classificou como uma tentativa de golpe de Estado.

Os partidos da oposição criticaram o envio da missão sem que o parlamento da Guiné-Bissau tenha sido ouvido.

A chegada do primeiro contingente da força de estabilização ao país aconteceu numa altura em que o chefe de Estado anunciou a dissolução do parlamento e a marcação de eleições legislativas para 18 de dezembro próximo.
Lusa

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