quarta-feira, 7 de setembro de 2022

Proteção Civil guineense alerta para vento e chuvas torrenciais em setembro

O coordenador das operações da Proteção Civil na Guiné-Bissau, coronel Alsau Sambú, alertou hoje que há perigo de o país conhecer “muitos estragos” em consequência de ventos fortes e chuvas torrenciais previstos para este mês.

“Todos os dados que temos dos serviços de vigilância meteorológica nacional e de parceiros internacionais apontam para muita chuva e fortes ventos em setembro. É preciso que a população saiba disso e se cuide”, observou Alsau Sambú.

O responsável da Proteção Civil guineense fazia à Lusa um primeiro balanço dos estragos ocorridos em Bissau e em algumas regiões do interior, na sequência dos ventos fortes registados na terça-feira.

De acordo com Alsau Sambú, fortes rajadas de vento, sobretudo em Bissau, derrubaram árvores, tendo uma caído em cima de dois carros junto à embaixada de Angola, no centro da cidade.

O trânsito ficou cortado naquele lugar durante algum tempo, até a equipa da proteção civil chegar ao local.

“Estamos a falar de árvores muito velhas e pesadas. Árvores que não sofrem a poda durante muitos anos, com ventos daquela natureza facilmente caem”, observou Sambú.

Os ventos de terça-feira provocaram, segundo o responsável da Proteção Civil, danos em casas nos bairros de Bôr, Mindará e Cuntum, bem como nalgumas localidades de Gabu, 200 quilómetros a leste de Bissau.

Alsau Sambú admite que possa haver “mais estragos” e pede à população para se prevenir, sobretudo os agricultores.

“Neste mês de setembro, vamos ter o pico das chuvas e ventos fortes. É bom que as pessoas fiquem em casa quando começa a formar-se o mau tempo”, notou Sambú.

O chefe das operações da Proteção Civil na Guiné-Bissau adiantou ainda que este ano a campanha agrícola poderá sofrer um “grande impacto negativo” com a quantidade de chuvas, que, disse, poderão ocorrer até novembro.

Por norma, as chuvas terminam na Guiné-Bissau em finais de outubro.

“Os camponeses que fazem cultivo de ciclo curto serão os que vão sofrer maior impacto negativo, por exemplo, na mancarra [amendoim] que, como se sabe, não gosta de muita água", referiu Alsau Sambú.

O responsável da Proteção Civil indicou que os agricultores que plantaram milho já “estão a sofrer” estragos, uma vez que nos primeiros meses da época das chuvas, maio e junho, não houve muita precipitação, disse.

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