sexta-feira, 20 de julho de 2012


Durao Barroso reafirma a tolerancia zerro dos golpes na Guiné-Bissau

O presidente da Comissão Europeia disse hoje em Maputo, na abertura da IX conferência da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que a União Europeia não tolerará mais golpes na Guiné-Bissau e reclamou o respeito pela ordem constitucional.
Convidado a participar na sessão de abertura da reunião de chefes de Estado e de Governo da CPLP, que tem como um dos principais pontos em agenda precisamente a situação na Guiné-Bissau, Durão Barroso, tal como já fizera na véspera, por ocasião da homenagem de que foi alvo por parte dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), voltou a lamentar que a Guiné-Bissau destoe de um quadro globalmente positivo e de progresso no quadro da lusofonia.
«Não posso deixar de assinalar a nossa maior preocupação relativamente à situação na Guiné-Bissau, onde a instabilidade provocada por alguns continua a impedir o progresso e prosperidade de todos», declarou.
O presidente do executivo comunitário apontou que «o povo guineense já sofreu demasiado e merece que lhe dêem uma oportunidade para viver em paz e estabilidade» e garantiu que «a posição da União Europeia é clara».
«Não toleraremos mais golpes e a ordem constitucional tem de ser respeitada», disse, saudando o presidente interino da Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, presente na reunião, como «o legítimo representante dos guineenses».
A situação política na Guiné-Bissau, dirigida por militares golpistas desde 12 de Abril, será uma questão central na agenda da presidência moçambicana da CPLP, tendo Angola, que liderou a CPLP nos últimos dois anos, reconhecido que o impasse no país foi «a grande frustração» da sua presidência.
A Guiné-Bissau está representada na cimeira de Maputo por Raimundo Pereira e Mamadú Djaló Pires – respectivamente o Presidente interino deposto e o chefe da diplomacia do Governo deposto no golpe militar -, confirmando o que o ministro dos Negócios Estrangeiros português já tinha dito, na semana passada.
A CPLP, disse Paulo Portas, considera que a representação oficial do país «deve ser assegurada pelas autoridades que derivam do voto popular e não por quaisquer outras de natureza violenta, pela forma como se instalaram no poder»

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