Consórcio luso-guineense promete primeiro centro comercial da Guiné-Bissau em 18 meses
Um consórcio constituído por um grupo empresarial guineense e vários empresários portugueses afirma que vai construir o primeiro centro comercial na Guiné-Bissau, que deverá abrir na capital dentro de 18 meses.
Segundo Luís Neves, empresário português e sócio integrante do consórcio, a primeira pedra para a construção do centro comercial, enquadrado dentro de uma cadeia de vários empreendimentos a serem construídos, será lançada no próximo sábado na presença de entidades oficiais guineenses e empresários dos dois países.
A este propósito, disse, chegam a Bissau na próxima sexta-feira os representantes de oito grupos empresariais portuguesas, de áreas como metalomecânica, carpintaria, casas pré-fabricadas, serralharia, produtos alimentares, cozinhas e material de construção.
Os empresários lusos virão constatar a realidade guineense e estudar com possíveis parceiros guineenses as futuras áreas de parceria, assinalou Luís Neves em declarações à Lusa, explicando ainda os passos para a construção do primeiro centro comercial na Guiné-Bissau.
Neves adiantou que será um centro comercial de construção ligeira, a ser erguido na zona industrial de Brá, a seis quilómetros do centro de Bissau, com 1500 metros quadrados e quatro pisos, dentro dos padrões da Guiné-Bissau "mas com todas as condições de higiene, segurança e mobilidade" iguais aos edifícios semelhantes na Europa.
O responsável sublinhou que o consórcio não colocará restrições para o aluguer do espaço, apenas irá exigir que os produtos a serem comercializados no centro comercial sejam de marcas reais.
Questionado sobre se existe mercado para o funcionamento de um centro comercial na Guiné-Bissau, Luís Neves disse que os estudos feitos pelo consórcio apontam que sim e que depois de Bissau a ideia é abrir em Mansoa (centro/norte), Gabu (leste) e Buba (sul).
Luís Neves assinalou que desde já "há muitos guineenses" radicados em Portugal que se têm manifestado com vontade de investir no país mas que não o fazem por falta de condições, sobretudo de espaços para alugar.
Sobre a instabilidade político-militar que afecta a Guiné-Bissau nos últimos anos, o empresário português reconheceu que é uma realidade mas disse que tal não pode inibir os potenciais investidores. Mesmo com a instabilidade, Luís Neves afirma não existir receios para investir na Guiné-Bissau.
"Se estivéssemos com receios não estávamos a trabalhar aqui neste projecto. A história reza que na Guiné-Bissau, tirando a guerra de 98, nunca um empresário foi prejudicado no seu negócio directamente por razoes políticas", destacou Luís Neves.
Além do centro comercial, o consórcio luso-guineense pretende construir no total sete armazéns, duas salas de cinema, um edifício multi-serviços, escritórios para alugar a baixo custo, um pavilhão para uma feira de exposição de produtos produzidos na Guiné-Bissau e os de outros países e ainda abrir uma rádio privada para a divulgação das actividades do grupo.
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