sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Partido da Renovação Social
Nota à Imprensa

Com a finalidade de podermos sair de uma vez por todas das convulsões políticas que ciclicamente assolam o país, e que têm perturbado, sobremaneira, o funcionamento normal das instituições e da própria sociedade, com recorrentes instabilidades que não abonam em nada a nossa imagem externa, e que consequentemente afetam a nossa luta pelo desenvolvimento, a Direção Superior do Partido da Renovação Social saída do último Congresso, realizado em Dezembro passado, fazendo jus às promessas aí preconizadas, dará toda a contribuição necessária, em todas as instâncias onde for chamada para que a justiça, a paz e a reconciliação entre os guineenses seja uma realidade perene.

O Partido da Renovação Social apesar de também fazer fé nos apoios e esforços desenvolvidos pelos nossos parceiros e países irmãos para ajudar-nos a ultrapassar os nossos problemas, também acredita ainda mais, e por isso aposta firmemente, na solução interna dos problemas guineenses. 

O Partido da Renovação Social, também acredita que apesar dos nossos diferendos, temos que ser capazes, de olhos nos olhos, à volta da mesma mesa, e sem preconceitos de sermos partidos pequenos ou grandes, de forma franca e aberta, de acreditar, de que só com o empenhamento de todos os guineenses poderemos sair da crise que nos assola. 

Dada a consciência dos grandes desafios que os problemas vividos nos colocam, o Partido da Renovação Social, também, por isso, entende que para alcançar os objetivos fixados, não devemos e nem podemos apenas pensar, que só a classe política no parlamento resolverá todos os problemas atinentes às constantes instabilidades. 

Até porque, e é bom não o esquecer, foi com este parlamento, que não se conseguiu que se evitassem os desmandos que o país conheceu nos últimos anos. É ainda bom sublinhar, que este parlamento, já terminou o seu mandato em Novembro passado, mas por força das disposições jurídicas da transição - o Acordo Político e o Pacto de Transição -, o mesmo foi prorrogado até a próxima legislatura. 

Os atuais órgãos de soberania, a saber, o Presidente da República de Transição, o Governo de Transição, existem graças ao Acordo Político e ao Pacto de Transição que derrogaram e complementaram algumas disposições constitucionais. E o mesmo acontece também com o atual figurino da própria Assembleia Nacional Popular e do seu Presidente, que também devem a sua continuidade aos mesmos atos jurídicos de compromisso da transição, que são o Acordo Político e o Pacto de Transição Política.

Aliás, na mesma linha ainda se insere o espírito do Artigo 1.º do Acordo de Devolução de Poderes assinado pelo Comando Militar e o Presidente Interino da Assembleia Nacional Popular, que reza que o processo de retorno à normalidade constitucional se inscreva num quadro consensual envolvendo todos os partidos políticos legalmente constituídos.

É também no mesmo sentido que uma resolução foi aprovada pela própria Assembleia Nacional Popular em sessão de Novembro de 2012. 

Portanto, é nesta lógica de abrangência e de inclusão que a Direção do Partido da Renovação Social se incorpora, entendendo, que só aos guineenses cabe tal responsabilidade. Por isso todos nós, ainda assim, seremos poucos para procurar os grandes consensos à volta da solução dos importantes assuntos que requerem toda a nossa atenção para podermos tirar o país da situação em que se encontra. 

A iniciativa do PRS em auscultar todos os partidos políticos signatários do Acordo Político e do Pacto de Transição Política, as organizações do Movimento Nacional da Sociedade Civil, as Igrejas Cristã e Islâmica e o Poder tradicional, insere-se apenas e tão só, na vontade firme de procurar as melhores formas de federar toda a sociedade guineense na procura de melhores soluções para extirpar de vez do nosso seio as crises políticas e sociais recorrentes. 

É preciso que se entenda que apesar de toda a classe política e social, hoje, se rever nos instrumentos jurídicos de transição, ainda assim, nem toda ela está representada no parlamento. Assim como nem todos os grupos parlamentares estão representados nos diversos grupos de interesse. 

Por isso, o Partido da Renovação Social entende que a melhor maneira de dar resposta aos nossos anseios, é, através da institucionalização de um espaço de concertação, que se convencionou, consensualmente, chamar, por todos os atores presentes na sequência de vários encontros que vêm sendo realizados entre partidos políticos, organizações do movimento da sociedade civil, algumas confissões religiosas e o poder tradicional, embora sem carácter definitivo, de Comissão Multipartidária e Social de Transição.

Saliente-se que inicialmente esta iniciativa foi bem acolhida e saudada por todos. Por isso, o Partido da Renovação Social, contrariamente a algumas teses veiculadas, vem reafirmar de que nunca alinhará em iniciativas cujos objetivos se propõem criar instituições paralelas à nossa Assembleia Nacional Popular. O que se pretende, e nisso o Partido da Renovação Social está, e estará totalmente empenhado, é criar espaços de diálogos, que sem se substituir jamais às competências do parlamento, possam, através de largos consensos, associar a vontade de larga maioria de guineenses em assuntos como a visão estratégica do período de transição, as grandes reformas estruturais e estruturantes do país, e outras.

O Partido da Renovação Social, por ser um partido legalista, democrático e essencialmente de cariz parlamentar, também entende, salvo melhor entendimento, face aos propósitos atrás mencionados, e face à preocupação permanente de que se deve respeitar de igual modo todos os pares neste processo, que a todos diz respeito, e face ainda à convicção de que o parlamento guineense por mais respeitável que seja, dada à dimensão dos problemas apontados, pelo menos nesta fase de transição, não deve ser a única entidade a deter a exclusividade da iniciativa para a solução dos problemas guineenses. 

Bissau, 19.02.13

Alberto Mbunhe Nambeia

Presidente

1 comentário:

  1. Arnaldo Djú , Portugal22 de fevereiro de 2013 às 14:55

    Sinceramente estou a gostar da nova Direcção de PRS encabeçado pelo o senhor Alberto Nambeia,uma pessoa humilde e que mostra amor pela pátria e empenho/dedicação pela paz e a estabilidade do País.
    Espero que os teus colegas do partido sigam o teu exemplo,assim o povo agradece.

    Nha mantenhas

    ResponderEliminar

ATENÇÃO!
Considerando o respeito pala diversidade, e a liberdade individual de opinião, agradeço que os comentários sejam seguidores da ética deontológica de respeito. Em que todas as pronuncias expressas por escrita não sejam viciadas de insultos, de difamações,de injúrias ou de calunias.
Paute num comentário moderado e educado, sob pena de nao sair em público