quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Partidos e organizações sociais da Guiné-Bissau querem espaço para gerir "nova" transição

Partidos políticos e organizações da sociedade civil da Guiné-Bissau vão propor ao Presidente de transição a criação de um espaço de concertação para gerir "um novo período de transição" a iniciar a partir de 16 de maio.

Segundo fontes partidárias, a criação de um novo espaço, que poderá ser designado Comissão Partidária Social de Transição, foi estudada numa reunião que juntou hoje dia 14 de Fevereiro, partidos políticos, organizações da sociedade civil e sindicatos.
A ideia, disse à Lusa uma fonte sindical, é propor ao Presidente de transição, Serifo Nhamadjo, a criação de um órgão de diálogo "que saia fora do âmbito puramente partidário" e que possa "ajudar o período de transição".
Tanto as fontes partidárias como as sindicais que participaram no encontro, que juntou cerca de 70 pessoas, disseram à agência Lusa que as partes tentam encontrar "uma plataforma de diálogo nacional" que possa vir a gerir o país a partir do dia 16 de maio, data em que formalmente termina o atual período de transição fixado depois do golpe de Estado de 12 de Abril de 2012.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que apoia as atuais instituições que gerem a transição na Guiné-Bissau, acordou com a maioria de partidos guineenses que as eleições gerais deveriam ter lugar um ano após o golpe de Estado, mas as autoridades de Bissau já afirmaram ser impossível cumprir esse calendário por falta de condições técnicas e financeiras.
Nos últimos dias, quase todos os partidos e organizações da sociedade civil guineense têm vindo a público afirmar ser necessário fixar-se uma num novo calendário de transição.
Confrontado com a ideia, Orlando Viegas, porta-voz do encontro, confirmou à Lusa que as partes estão a arranjar uma solução para após o período de transição e que esse exercício deve ser de todos os guineenses.
"A partir do dia 16 de maio termina o período de transição. Os guineenses entenderam que devem começar a pensar o país a partir desse período, é esse exercício que estamos a fazer aqui", afirmou Orlando Viegas, um dos vice-presidentes do Partido da Renovação Social (PRS), promotor do encontro.
Orlando Viegas disse ser intenção dos envolvidos no processo criar "as grandes linhas da nova transição" a iniciar a partir de 16 de maio, embora o novo espaço não tenha pretensões de substituir o Parlamento.
Certo é que PAIGC, o partido maioritário no parlamento ainda não está de acordo com essa ideia.
Lusa - 14 de Fevereiro 2013

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