domingo, 24 de fevereiro de 2013

Transição compreensiva para o futuro que vamos enfrentar
O mistério das incertezas de vida e as informações especuladas transmitidas de forma contraditória, faz dessa  vivência de um ofuscado ambiente e de confiança insegura...

É triste saudar a consistência de atrofias com realidades incontornáveis, tal como é muito ridículo saborear com o mal estar e pena continua atravessada pela maioria...

A transição é uma gestão de suporte entre a fase interrompida da legalidade constitucional, encarregue de gerir o destino da nação de forma especifica e de mais rápida organização possível, tendente a recuperação da legalidade constitucional ora interrompida.
Nessa fase é óbvio que todos os órgãos do estado e todas as autoridades do país em causa funcionam a meia gás, devido submissão de limites constitucionais que todos estão sujeitos incluindo a mais alta magistratura da nação que é o Presidente da República.

A República da Guiné-Bissau vive desse enclave a semelhança de outros momentos, pelo que o país não é caloiro nessas andanças... Certo é que, não é segredo para ninguém de que a posição do isolamento internacional que o país está enfrentando nesse  atual momento transitório é mais dura de que qualquer dos outros momentos transitórios que o povo já sofreu.

É verdade que a controvérsia  que eventualmente se causou a interrupção da legalidade constitucional também se prolongou em redobrados momentos de desentendimento que enrolou em largos desperdícios de tempos que agora resultou na inviabilidade da realização das eleições gerais na altura que outrora vinha ser acordando.
Um facto que  merece discussão e  concertação inclusiva de todos em que cada um merece uma  opinião e uma proposta... Propostas essas que na semana passada começaram por vir em ribalta, balizadas entre seis meses a três anos.

Ora, eu acho que as propostas são propostas, que não passam de meras suposições, capazes de suscitar discussões para analisar as condições tendentes a possibilitar verdadeiros cabimentos das futuras decisões a chegar e os acordos a rubricar.
Nesta base, há que olhar principalmente na situação do país, nas necessidades do país, nos custos que cada decisão nos encarrega e nas consequências futuras que cada decisão traz para o país.

A transição já vai a caminho de um ano de vigência... Sem tirar o real esforço dos homens que ariscaram as suas carreiras politicas assumindo o país como gestores num momento bastante difícil... Outrossim, embora os grandes homens se revelam em momentos difíceis,  certo é que pela carência de recursos autónomos e da maneira como tudo vai em contra-maré,  tantos esforços de pedalada  está resultando em rodagem a patinar,  com passos praticamente nulos,  marasmo constante e subjugado pela maior parte da comunidade internacional. Demonstrando tudo isso, uns fatores muito desfavoráveis que refletem o continuo sofrimento do povo para muito mais tempo e castigo imenso em continuar governando o país em transição nestas condições.

Guiné-Bissau tem vários  problemas com carater prioritário e pesados para resolver, cujo o momento de ultrapassa-los ninguém pode prever o tempo... A título de exemplo, mesmo pegando só em fazer reformas nos quatro sectores chaves em mira (Defesa, Segurança, Justiça e Administração Pública), com um governo eleito e apoiado pela comunidade internacional, o tempo necessário para dar volta a situação vai por alem de uma legislatura... Pelo que, não vale a pena tentarmos arriscar  em prorrogar por muito tempo a vitalidade de um governo gestor e de transição, infelizmente caraterizada de largas limitações e pesadas condenações, para tratar dos problemas que uma década de anos não consegue solucionar.

Faz sentido falar em meses até um ano "no máximo" perante essa onde de entendimento politico aparente, para poder tornar inclusivo a todos e limar algumas arestas necessárias... Mesmo assim, com um esforço de todos e vontade de todos, já é um prolongamento suficiente tendo em conta o estado da nação e o  interesse comum.
Mais três anos... Com governo de transição!!! Pelo trato que que o país e as autoridades estão a levar com a comunidade internacional, olhando pelo custo e peso que isso reverte a população e ao próprio governo, deve ser bastante tempo para relegar Guiné-Bissau num continuo isolamento e de submeter o povo em mais sacrifícios e sofrimento.

Não há dúvidas que o próximo governo após essa transição vai ainda vestir o fardo da fragilidade sem um real poder de estado, antes das reformas prioritárias e do saneamento efetivo dos quatro setores supra-citados... Defesa, Segurança, Justiça e Administração Pública. 
Mas seja como for é melhor enfrentarmos os problemas do país, com todos os Orgãos do estado em legalidade constitucional, aceite e reconhecido por todo o lado, do que estarmos propositadamente ariscar em passos nulos e recuos... E a penalizar com emendas e adaptações.

Caros governantes, Senhores políticos e queridos concidadãos:

Guiné-Bissau é a terra onde nascemos... A terra da nossa verdadeira identidade, da  fraterna paixão e de amor eterno...  Essas carateristicas é que são a nossa sentença condenatória, de nunca conseguirmos estar em sossego físico e moral, enquanto não existir uma ordem do direito estável e tolerante merecedora de confiança, onde  o povo consegue viver em paz e em segurança.
Assim sendo, em nenhum momento de vida, não se deve adiar o importante, o necessário e o inevitável... Por isso, interessa-nos muito o presente de hoje e o seu valor de decisão para o futuro que vamos enfrentar.
Samba Bari - Licenciado em Relações Internacionais pela Universidade Lusíada de Lisboa
Nota: Leia mais analises do PONTO DI MIRA, a partir do domingo de manhã da próxima semana. Até lá

2 comentários:

  1. Arnaldo Djú , Portugal24 de fevereiro de 2013 às 17:12

    Bem nha ermon fidju di tchon Samba Bari,permita me agradecer este brilhante opinião/artigo teu.
    Continuo a ser o teu adepto incondicional,li todos os parágrafos deste artigo e estou inteiramente de acordo contigo.
    A Guiné-Bissau é dos Guineenses.
    A Guiné-Bissau merece a estabilidade.
    A Guiné-Bissau merece a paz.
    A Guiné-Bissau merece o desenvolvimento.
    A Guiné-Bissau merece o respeito dos seus governantes/políticos.
    A Guiné-Bissau merece o respeito dos seus filhos e demais.
    O povo Guineense merece outro tratamento dos seus governantes/políticos.
    Deixo um vibrante apelo neste blog aos actores políticos da nossa praça Bissau-Guineense que sigam o conselho do nosso ilustre irmão Samba Bari,porque este homem é um verdadeiro combatente da pátria.
    Samba Bari ama a Guiné-Bissau.
    Samba Bari preocupa com a Guiné-Bissau.
    Samba Bari acredita na potencialidade da nossa Guiné-Bissau.
    Por isso se um de nós tivesse um pouco de amor com a nossa Guiné-Bissau,se calhar não estaria onde esta hoje infelizmente.

    Um santo domingo nha ermon fidju di tchon Samba Bari.
    Nha mantenhas


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  2. Uma transição é só um ponto de passagem para a normalidade, obrigatoriamente limitado no tempo e com propósitos definidos logo a partida. Assim as regras de jogo não devem, salvo raríssimas excepções, ser mudadas a meio do jogo.
    Quanto a Transição actual na Guiné-Bissau sou da opinião de que é imperiosa criar-se debates a todos os níveis e evitar proliferação de divergências desnecessárias. A questão de prolongamento da transição de que se fala carece de uma análise rigorosa e inclusivo de modo a captar todas as sensibilidade sociais, politicas e militares.
    Em democracia, e já está na hora de aplicarmos isso na Guiné-Bissau, deve-se opinar mas vejo muita falta de seriedade até das autoridades quando se equaciona período de transição que pode chegar a três anos. Da minha parte porquanto não veja necessidade para tal mas aguardo pelos fundamentos que argumentem isso.

    Disse.

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