sexta-feira, 19 de abril de 2013

CAUSAS QUE MOTIVARAM A ACUSAÇÃO FORMAL DE ANTÓNIO INDJAI

O chefe de Estado Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau foi acusado esta quinta-feira dia 18 de Abril pelo procurador de Manhattan de participação numa operação internacional de tráfico de droga e armas. 
Líder das Forças Armadas António Indjai, desde junho de 2010, manteve contactos com agentes infiltrados da DEA, que se apresentavam como membros das FARC, desde o verão de 2012, e as comunicações foram registadas em telefone, e-mail e "uma série de reuniões gravadas em áudio e vídeo" ao longo de vários meses. 
Segundo a acusação, em Junho de 2012, Indjai e os co-conspiradores guineenses e dois colombianos, acederam em receber e armazenar carregamentos de várias toneladas de cocaína das FARC na Guiné-Bissau, que seria reenviada para os Estados Unidos, onde a venda serviria para financiar a guerrilha. Parte da cocaína seria usada para pagar a dirigentes guineenses, incluindo Indjai, por assegurarem o "salvo conduto" dos narcóticos, e em comprar armas para as FARC, importando-as sob pretexto de uso pelas Forças Armadas guineenses. Terá sido o arguido Quecutó a arranjar a reunião com Indjai, que a 2 de Julho concordou em "facilitar o envio de cocaína para os Estados Unidos através da Guiné-Bissau e agenciar armas para as FARC, sabendo que seriam usadas para combater forças norte-americanas na Colômbia".

Daí que a queixa movida contra ele afirma que, António Indjai participou numa conspiração para fornecer armas à guerrilha colombiana FARC, considerada terrorista pelos EUA, para armazenar cocaína da mesma organização, para vender armas a ser usadas contra forças norte-americanas - incluindo mísseis terra-ar -, e também para colocar cocaína no mercado americano. Para o procurador Preet Bharara, que apresentou a queixa juntamente com a agência anti-narcotráfico (DEA), Indjai terá usado a posição no topo da hierarquia militar guineense para "ser um intermediário", fazendo da Guiné-Bissau "um ponto de passagem para pessoas que se acredita serem terroristas e narcotraficantes".

A operação da DEA levou à detenção a 4 de Abril, do almirante guineense Bubo Na Tchuto e de dois narcotraficantes guineenses - Manuel Mamadi Mane (Quecutó) e Saliu Sissé(Serifo), considerados "co-conspiradores" de Indjai, transportados para Nova Iorque, onde estão detidos e serão julgados.

O Estado-Maior das Forças Armadas guineenses prometeu para hoje (sexta-feira) uma conferência de imprensa, em que deve reagir à acusação formal contra o general Indjai.
RDP África - 19 de Abril de 2013 

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