terça-feira, 2 de abril de 2013

SOBRE CRIANÇAS TALIBES



As crianças são consideradas como adultos em miniatura. pois as suas estruturas físicas e mentais não lhes permitem suportar muitas dificuldades. Como tal, qualquer forma de opressão contra elas deve merecer o nosso total repudio. Independentemente a que classe social pertencem. Com efeito, não bastam meras palavras é preciso cortar o mal pela raiz. O que pressupõe  desde logo na minha opinião  atacar a ineficácia do nosso aparelho educativo. É preciso não esquecermos que o nosso sistema educativo é comparável a velha manta do tio Mberto. Alem de apresentar muitos buracos, é demasiada curta para cobrir a extensão do território nacional. Por conseguinte, alguns pais preocupados com a educação dos seus filhos, recorrem as escolas madrassas, como forma de vedar aos seus menores o caminho a vandalismo.


Entretanto,o problema parte-se do principio que nem o estado na sua forma institucional  nem a sociedade guineense reconhecem tais escolas como instâncias educativas. Basta recordarmos que houve Alturas em que cidadãos que assinavam os seus nomes em língua árabe, eram considerados analfabetos. Como se não bastasse, os mesmos tinham no verso dos seus B.I`s, em letras encarnadas NÃO SABE ASSINAR. Ora bem, se olharmos para o sector económico do nosso pais, verificamos que os principais agentes economicos são formados em tais escolas. Nomeadamente, Mamadu Djabi, Djaquite, o proprio Botche Cande, entre muitos outros que durante longos anos a esta parte, asseguraram por inteiro a nossa balança de importação de produtos de primeira necessidade. Com efeito, fazem devidamente os registos das receitas e das despesas, bem como, assumem por completo a gestão das suas empresas, graças a formação adquirida nessas escolas. Posto isto, é importante referir que nos tempos que correm, o conceito de analfabetismo, aplica-se mais a nível do uso das novas tecnologias do que a nível literário. Partindo desse pressuposto, conclui-se que os cidadãos em causa, foram vitimas de islamofobia. Na minha opinião  este assunto da forma como é tratado, denuncia atitudes demagógicas contra o sofrimento dos menores. Ou dito de outra forma, NUESTROS ERMANOS SABEM MUI BIEM QUE ESSA ES UNA PRATICA ASSOCIADA A LOS OTROS. Por isso a abordagem desse tema não passa de um acto de propaganda.

Tudo pesado e medido, oferece dizer o seguinte: O Ministério da educação abdica sistematicamente do seu papel de principal responsável pela educação e formação dos cidadãos.  Por outro lado, a própria sociedade guineense não reconhece nem valoriza o papel das escolas madrassas no contexto da nossa civilização.
Fazer o que? na Guine assim se canta o fado.

Umaru Balde (ubas) Mestre em Ciências de Educação pela Universidade de Lisboa 

OBS: Todas as opiniões aqui editadas são da inteira responsabilidade do seu titular (autor)



2 comentários:

  1. Arnaldo Djú , Portugal3 de abril de 2013 às 01:37

    Toda a verdade nha ermon fidju di tchon Umaro Baldé,a politica educativa no nosso país é inexistente.
    Vou recorrer a celebre frase do nosso saudoso líder imortal Amílcar Lopes Cabral: As crianças de hoje são adultos de manha.
    Pensem nessa frase nha ermons.

    Nha mantenhas

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  2. e o irmao no seu melhor! estas de parabens vou votar em ti...

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