terça-feira, 18 de junho de 2013

Futebolistas querem seleção da Guiné-Bissau a competir

Jogadores de futebol da Guiné-Bissau que militam em campeonatos europeus pediram na 2ª-feira (17 de Junho) o empenho do presidente de transição do país, Serifo Nhamadjo, para que haja uma seleção que possa voltar a competir nos próximos meses.

Acompanhados pelo presidente da Federação de futebol guineense, Manuel Nascimento Lopes, cerca de duas dezenas de jogadores que estão em campeonatos europeus foram expressar a sua preocupação ao chefe de Estado pelas notícias que circulam no país, de que a Guiné-Bissau não estará presente nas competições internacionais por falta de verbas. Pela voz de um dos capitães da equipa, Bucundji Cá, que alinha nos franceses do Stade de Reims, os jogadores guineenses afirmaram perante Serifo Nhamadjo que "seria mau de mais e triste" se a Guiné-Bissau não voltasse a ter uma seleção nacional.

Desde que o português Luís Norton de Matos deixou o cargo de selecionador da Guiné-Bissau o país só voltaria a competir uma vez, contra os Camarões, há mais de um ano, mas até agora não existe uma seleção nacional. A Guiné-Bissau tem no próximo mês de agosto um jogo das pré-eliminatórias da taça das Nações Africanas de 2015, contra Marrocos, mas, se até lá não houver esforços das autoridades políticas para que haja uma seleção nacional, o presidente da Federação diz que se demite.

"Se a seleção nacional não competir vou colocar o meu lugar à disposição. Seria mau de mais para mim. Se estes rapazes não puderem competir seria uma tristeza enorme para eles e para todo o país", disse Manuel Nascimento Lopes.

Para o presidente da Federação "é inconcebível a argumentação de falta de verba" se só com a pesca o país poderia pagar três orçamentos gerais de Estado, inclusive despesas com a seleção de futebol. Manuel Nascimento Lopes disse que espera que o Presidente da República, como ex-dirigente de futebol, convença o Governo a arcar com as despesas para que o país possa voltar a ter uma seleção nacional e retome as competições internacionais.

O presidente Serifo Nhamadjo prometeu fazer tudo o que estiver no seu alcance "para não defraudar o sonho dos jovens" guineense, mas primeiro irá falar com o primeiro-ministro de transição, Rui de Barros. Mas, de forma sucinta, o presidente guineense fez notar aos jogadores e dirigentes da Federação que o país neste momento vive momentos de extrema dificuldade em todos os sentidos devido ao bloqueio por parte da comunidade internacional como consequência do golpe de Estado militar de abril de 2012.
Record - 17 de Junho de 2013

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