quarta-feira, 19 de junho de 2013

Intervenientes da indústria do caju trocam acusações

Os intervenientes do sector da castanha de caju acusam-se mutuamente pelo fracasso registado na campanha de comercialização do produto, na época de 2013.

O Governo de Rui Duarte Barros, a Câmara do Comércio e a Associação Nacional de Importadores e Exportadores (ANIE), dirigiram acusações entre si, pelo fracasso da presente campanha de comercialização da castanha de caju.

Em conferência de imprensa realizada esta segunda-feira, 17 de Junho, Amadu Djamanca, Presidente da ANIE, responsabilizou a Câmara do Comércio pelas falhas dos últimos anos nas campanhas de comercialização do caju. 
«A Câmara do Comércio é a única e exclusiva responsável pelas péssimas campanhas dos últimos anos», acusou Amadu Djamanca. 

Neste encontro com a imprensa, o responsável máximo da ANIE negou que a Câmara do Comércio guineense represente o sector privado nacional e que seja o único interlocutor do mesmo junto do Governo, como tem sido anunciado oficialmente. 

«A sistemática e fraudulenta forma de procura de dinheiro fácil, sem a responsabilização da sua utilização, tem agravado o normal funcionamento das diferentes campanhas de caju desde há algum tempo», disse o responsável.

A ANIE sublinhou que, contrariamente ao que acontece nos outros países produtores de castanha de caju, as propostas apresentadas pela Câmara do Comércio têm contribuído para o disfuncionamento do mercado e proporcionado um mau ambiente para o desenvolvimento dos negócios, ao nível dos preços para o consumidor.

Sobre este assunto, a Assembleia Nacional Popular aprovou uma resolução que exige a devolução do valor de 50 F.cfa (0,08 euros) por cada quilograma de castanha de caju exportado pela Câmara do Comércio e Indústria guineense.

Estas acusações surgem numa altura em que permanecem longas filas de contentores ao longo da Avenida Amílcar Cabral, em Bissau, em direcção às básculas do porto da capital, onde o produto costuma ser canalizado para o mercado internacional.

O local foi alvo de uma visita no último fim-de-semana, por uma delegação da Câmara do Comércio e da Direcção-geral do Comércio. De acordo com a ANIE, foi encerrado verbalmente por ordens de Jaimentino Co.
PNN - 18 de Junho de 2013

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