domingo, 18 de agosto de 2013

HÁ COABITAÇÕES IMPOSSÍVEIS NA BUSCA DA PAZ

Os pronunciamentos que saem na boca de cada falante caiem nas orelhas dos ouvintes tal como as palavras são atiradas a letra, enquanto que as interpretações e as formas de analise diferem de acordo com as próprias maneiras de ser ou pensar de cada pessoa.

Viveu-se um compasso de longo silencio quanto as aparições da classe castrense na comunicação social, o  passar de tempo misturado com casos e factos não se fez sentir existência de situações a assinalar... Resultado, acumulou-se as cargas de reações que se fizeram disparar nesta ultima semana pela parte da chefia militar.

Só que, há momentos comungados de preocupação quanto aos desabafos chegados no momento impróprio... No momento em que mais se precisa de animosidade e bom senso para revalidar a confiança perdida, ou de demonstrar que o mal entendido ora vivido não passa de isso mesmo.

O que se faz de martelo na cabeça dos que na verdade se preocupam com a paz na Guiné-Bissau, centra-se nestas recentes movimentações politicas e os desabafos do CEMGFA cujo o conteúdo e os ataques em certas passagens criaram interpretações diversificadas, misturando sustos e espantos.

Os citadinos de Bissau e os homens e mulheres da Diáspora sentiram-se um encaminhar de mais contendas em cenários que se vai desenhando nas posições e contra-posições entre os que de momento fazem parte na decisão rebelde ou conquista da paz na Guiné-Bissau... Numa altura crucial em que o país merece um mimo de todos, cuidados especiais e muita contenção de palavras indevidas e incendiarias... Porque nas circunstancias em que os cenários se desenrolam, assiste-se incoerências de coabitação que para o bem da república da Guiné-Bissau convém não se juntarem na mesma laia como chefes de parte-a-parte.

Na semana passada referi do impacto politico e social que o regresso dos políticos exilados representará, por alem das suas próprias seguranças pessoais como também na agitação politica e social que isso irá provocar para o país em geral. 
É verdade que não há nenhuma lógica ou lei evocável para dar um aval que impeça retorno de nenhum politico exilado. Cabendo isso ao próprio cidadão em causa meditar do seu avanço ou recuo ao fazer o seu juízo da situação... E, ao tirar as suas próprias conclusões que o impacto da sua presença de momento na Guiné-Bissau trará mais complicações do que a paz e estabilidade, aí deve entrar o bom senso, ou seja, de preferir o que beneficia a maioria (paz e estabilidade), em detrimento dos interesses pessoais a todo o custo.

Depois de um cantar de vitória antecipada (80% dos votos na urna), esta semana podemos ouvir mais uma prova de que futuro não será risonho com o Cadogo e a cúpula militar guineense em Bissau... Enquanto o período transitório continua conturbado com o continuo isolamento e a lutar com os sacrifícios próprios de sempre.

É bom compreender de que existe grande diferença entre ser um cidadão simples e uma figura pública, onde as suas palavras pronunciadas e os seus atos praticados são seguidos com um impacto reflector para todo país.
Há um velho ditado popular que dá mais preferência numa mentira congregadora do que uma verdade destruidora... Não sou da opinião de impor ou de acalentar quem quer que seja, porque são procedimentos que tiram o direito das liberdades fundamentais... Mas preocupa-me bastante as declarações que projectam futuro inseguro de estabilidade e as indiretas entre os que deviam entender para enfrentar uma lutar comum de matar todas as querelas ainda existentes e não de desenhar cenários conducentes a perdas de vida humana.

Queridos irmãos e caros compatriotas
A república da Guiné-Bissau vive de um processo de paz cada dia adiado pela nossa própria culpa de ainda não podermos mudar a mentalidade de ser eu o mandante e sem mim pouco se interessa pela paz. Se bem que o entendimento é a via exclusiva de podermos atingir o sossego e pensar no desenvolvimento.

A república da Guiné-Bissau tem homens e mulheres extremamente competentes com grandes capacidade de inverter o rumo dos acontecimentos do país que é a nossa verdadeira pátria amada... Pelo que, a democracia que temos se ainda é considerada uma piada, uma fachada, uma falácia ou uma mentira. Cabe a todos nós a missão de (re)implanta-la verdadeiramente… Porque ainda não perdemos oportunidade de encontrar esse caminho, devendo ela estar longe, estreito, escondido e discreto, mas existe esse caminho.
Neste momento meus queridos irmãos e caros compatriotas, estamos no limiar da tolerância perante o mundo inteiro... Significando isso que, cada fracasso da nossa parte pressupõe mais um capítulo de retrocesso. De formas que, só temos que empenhar unidos, na base de uma amizade, valentia e de nunca pensar em desistir dessa grande luta que só a nos diz respeito.

O que é que acham?????

Samba Bari



1 comentário:

  1. Arnaldo Djú , Portugal18 de agosto de 2013 às 14:10

    Bem nha ermon Samba Bari.
    Permita-me realçar este brilhante ponto di mira.
    És o verdadeiro combatente da pátria,mas com a esferográfica na mão,se os teus colegas bloquistas seguiram essa orientação de compromisso com a nossa Guiné-Bissau e não em prol de uns grupinhos ou por deixarem comprados com dinheiro de COCAÍNA,se calhar faziam um excelente trabalho em prol deste POVO que tanto foi massacrado pelos seus próprios filhos. Será que a declaração irresponsável deste senhor António Indjai,surpreendeu os Guineenses? Eu pessoalmente não fiquei surpreendido,porque todos os Guineenses atentos sabem e bem que o verdadeiro detentor do poder na Guiné-Bissau é a classe castrense e ponto final paragrafo. Por isso estou curioso para ver/ouvir o nosso representante das NU,o senhor Ramos Horta o seu pronunciamento.
    Os Guineenses devem abandonar as hostilidades politicas,sociais e culturais porque não nos leva a lado nenhum.
    A Guiné-Bissau pertence a todos os Guineenses e nenhuma etnia tem mais direito/dever que a outra. Os que querem dividir-nos para poder reinar aos seus belos prazeres estão enganados,porque não vamos aceitar essa tamanha ignorância dessas pessoas da nossa praça Bissau-Guineense.

    Viva a Guiné-Bissau.
    Viva os Guineenses.
    Viva a todas as etnias Guineense.
    Viva Muçulmanos Guineenses.
    Viva Católicos Guineenses.
    Viva Ateus Guineenses.
    Viva os que acreditam no poder oculto Guineense.

    Vocês todos são irmãos e todos devem fazer a sua parte em prol deste país que merece a paz e a estabilidade.

    Nha mantenhas

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