sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Reunião do Conselho de Estado termina sem relatório sobre cidadãos sírios

Terminou a reunião do Conselho de Estado, esta quinta-feira, 19 de Dezembro, sem que tenha sido abordado o relatório da Comissão de Inquérito, criada pelo Governo, sobre a situação do embarque de cidadãos sírios de Bissau para Lisboa.

Em declarações à PNN após o encontro, o porta-voz do grupo, Armando Ramos, disse que estava prevista a abordagem de três questões, entre as quais a situação do recenseamento eleitoral, a greve geral da Função Pública e a situação do embarque dos cidadãos sírios em Bissau, a 10 de Dezembro, com destino a Lisboa. 

Sobre o recenseamento eleitoral, Armando Ramos disse que a plenária do Conselho de Estado exortou o Governo a concluir os trabalhos de inscrição dos eleitores guineenses antes de 31 de Dezembro, informando a chegada para breve de mais materiais para a realização do processo.

«Concluímos que ainda é possível realizar as eleições na data marcada», disse Armando Ramos. Em relação à situação da greve, segundo o porta-voz do grupo, o Conselho de Estado concluiu que houve falta de diálogo entre as partes, o que motivou ainda mais a concretização da paralisação. 

Sobre a questão central da reivindicação, o pagamento dos salários em atraso aos funcionários, Armando Ramos afirmou que o Governo deve aos servidores do Estado apenas um mês de ordenado. 

Em relação à situação dos cidadãos sírios, o porta-voz do órgão consultivo do Presidente de transição disse que o Governo ainda espera o relatório, indicando ter apelado ao Executivo a tomar medidas para pôr termo à impunidade que existe no país. 

«Os implicados devem ser castigados porque descobrimos que existe uma grande rede que já atingiu o país», disse Armando Ramos. 

Quanto ao pedido de demissão do ministro Delfim da Silva, o entendimento do Conselho de Estado é que houve precipitação por parte deste, que fez o anúncio público logo após a solicitação. 

«Achamos que foi um pouco precipitado porque (o ministro) deveria dar assistência à Comissão de Inquérito, mas aconteceu sem um despacho do Presidente de transição», revelou, acrescentando que o grupo não apreciou o modelo escolhido para a apresentação da demissão do cargo. 

Interrogado sobre se a Guiné-Bissau tenciona pedir desculpas a Portugal, Armando Ramos disse que ainda é cedo para tal uma vez que não foi concluído o inquérito, mas justificou que está em causa uma rede que atingiu a Guiné-Bissau.
PNN - 19 de Dezembro dse 2013

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