terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Governo Português fará «esforços» para retomada de ligações aéreas à Guiné-Bissau

O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Rui Machete, afirmou hoje(14 Jan.) que o Governo português fará «alguns esforços» para que sejam retomadas as ligações aéreas com a Guiné-Bissau, interrompidas em Dezembro, «em prol» dos guineenses e dos portugueses.

»Não esqueço que os recentes incidentes que aconteceram em Bissau têm também de ser superados e faremos alguns esforços (...) para encontrar as vias para que se restabeleça também aí a normalidade, que é muito desejada», disse o ministro, durante uma visita à sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.

No entanto, é necessário ultrapassar «algumas situações jurídicas ¿ derivadas da situação de o governo [da Guiné-Bissau] ser, para nós, um governo de facto - em prol sobretudo dos guineenses e do povo português, se possível», disse o ministro, aludindo ao embarque forçado de 74 passageiros, alegadamente de nacionalidade síria, com passaportes falsos, em Bissau, num voo da TAP com destino a Lisboa.

Na sequência deste caso, a transportadora decidiu suspender a ligação aérea entre Portugal e a Guiné-Bissau, no final de Dezembro.

Em Abril de 2012, um golpe militar colocou no poder um governo de transição, liderado pelo Presidente Serifo Nhamadjo, que não é reconhecido pela CPLP e por grande parte da comunidade internacional.

Antes, o governante português defendeu ser «muito importante» que sejam realizadas as eleições nacionais na Guiné-Bissau, um dos oito países membros da CPLP, na data prevista (16 de Março), gerando «um governo legitimado democraticamente num Estado de direito para realizar a plenitude das suas funções».

«A Guiné ocupa um lugar cimeiro nas nossas preocupações», sustentou Rui Machete.

Na receção ao ministro dos Negócios Estrangeiros, o secretário-executivo da CPLP, Murade Murargy defendeu que a Guiné-Bissau deve «merecer um carinho e uma atenção muito especiais» no Conselho de Ministros Extraordinário, que se realizará em breve.

«Temos de apoiar a Guiné-Bissau a reconquistar a sua normalidade constitucional», disse o responsável.

O ministro da Presidência e de Estado da República da Guiné-Bissau afirmou hoje que a «questão política» com a TAP e o «momento difícil» da relação com Portugal serão «ultrapassados» com a realização de eleições naquele país.
TVI24 - 14 de Janeiro de 2014

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