quarta-feira, 26 de março de 2014

Breve resumo da campanha eleitoral



Na campanha eleitoral que começou desde passado sábado dia 22 de Março, muito embora as dificuldades financeiras é o grande problema de muitas candidaturas, mas o empenho para a conquista de voto popular fala mais alto.
O país vive de grande movimentação "carnavalesca" com festas e concentrações nos comícios para transmitir e ouvir as mensagens e divulgação dos projetos políticos dos candidatos as eleições gerais do Abril próximo.

“O quê que o PAIGC fez durante 44 anos?” – Kumba Yalá

O Ex-presidente da República Kumba Yalá, insurgiu  contra os quarenta e quatro anos de governação do PAIGC.
Num comício popular em Pirada, leste do País, o ex-presidente da república e ex-líder do PRS, depois de um tempo sem aparição pública, surgiu ao lado do candidato independente que apoia, Nuno Gomes Na Biam, para demonstrar a razão da sua opção.“Trouxemos três conversas aqui, com este presidente nós queremos paz, queremos estabilidade e queremos unidade de todos os filhos da Guiné-Bissau” Esclareceu.“A Guiné-Bissau está cansada, durante quarenta e tal anos de independência, na desgraça, somente camarada, camarada, camarada. Dizem vamos construir, construir, construir, não vimos construção, não vimos amizade de facto senão assassinatos entre si. Durante anos o PAIGC só contou-nos mentiras”, finalizou.


“O nosso Estado bateu no chão, nós não nos respeitamos” – Carmelita Pires

A Líder do Partido Unido Social Democrata disse hoje, que tendo em conta o insucesso do sistema semipresidencial, o sistema presidencialista é o melhor para o País.
No quarto dia da campanha eleitoral, segundo dia do ciclo de debates organizado pela Universidade Lusófona da Guiné, Carmelita Pires, falou aos universitários das suas prioridades de governação, como também apontou duras críticas ao estado actual do país.
“O nosso estado bateu no chão, nós não nos respeitamos, perdemos o respeito a nível interno. Se temos as nossas regras, as nossas leis e nós não as cumprimos, quem vai nos respeitar?” – Indagou ao responder uma questão colocada pelos estudantes.
Entende que não há presença de estado em nada, percorreu “muitos sítios do país e não vi o estado”, o que o motivou a levantar várias questões – “o que é que existe no país em termos de organização? Em termos de feitio? Como é possível!” exclamou a Líder do PUSD.
Chegou ao ponto de questionar se “se trabalha para aquecer?” ao repudiar o não pagamento dos salários, chegou a conclusão que o acto da proclamação da independência não tem nada a ver com o que temos hoje em dia no país, frisando “cansamos de ser bombeiros!”.
Passou pinceladas em diferentes sectores – social, cultural, política e económica, na qual pode-se retirar do seu discurso, “é muito militar, isto é, feita a proporcionalidade com o território nacional e é preciso termos militares com o nível mínimo”.
Por mais duma hora de discussão académica, Carmelita Pires disse acreditar que a Guiné pode estar lá frente em cinco anos.


José Mário Vaz – pede “oportunidade dupla” para o PAIGC

José Mário, candidato do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) às presidenciais, voltou a afirmar, hoje, que vão mudar o país ao terem oportunidade.
Num discurso de poucos minutos a quando da sua visita aos mercados da cidade, o ex-ministro das finanças disse, “se nos derem oportunidade, a partir do dia 14, a nossa terra vai ser agradável, mas para ser, tem-se que terminar com brincadeiras”.
“Devemos arregaçar as mangas para construirmos a nossa terra porque não pode continuar com a actual situação” revelou José Mário Vaz no decorrer da sua cortesia.
“Queremos dizer: confiram-nos dupla responsabilidade – Domingos Simões Pereira e JOMAV, vamos mudar o país. Só se muda o país com trabalho” rematou o ex-presidente da camara municipal de Bissau e antigo ministro das finanças do governo deposto pelo golpe de estado de 12 de Abril.


A minha prioridade vai ser "proteger a estabilidade” – Afonço Té

O candidato presidencial, António Afonso Té suportado pelo Partido Republicano da Independência e Desenvolvimento disse ontem que a sua prioridade ao vencer as eleições vai ser proteger a estabilidade do país.
No dia que considerou como histórico, Afonso Té afirmou que, “a mensagem do PRID configuram em dois vectores, primeiro é a paz e a estabilidade e o segundo vector é trabalhar para tirar o país onde está”.
No entanto explicou as motivações das candidaturas que apresentaram, “por ter participado na luta de libertação, por ter estado do lado da democracia”, são as fortes razões apontadas pelo Afonso Té para estar melhor colocado que outros candidatos para disputar a presidência da república”.
Por muitas outras razões apontadas o líder do PRID disse ontem que a sua prioridade ao vencer as eleições vai ser proteger a estabilidade do país.
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Luís Nancassa quer a unidade entre os Guineenses

Canhabaque foi o palco da abertura da campanha eleitoral do sindicalista e agora candidato às presidenciais pela terceira vez, Luís Nancassa.
Em declarações a uma estação privada nacional, Luís Nancassa manifestou o seu maior ensejo “que unamos, que paremos de usar as armas para atacar a população”.
Ao justificar a razão da escolha duma das ilhas dos arquipélagos dos bijagós como palco de lançamento da candidatura, disse, “queremos que os habitantes das ilhas tenham melhores condições, melhores transportes, que a Guiné cresça, porque temos homens capazes, queremos desenvolvimento para esta terra”.
Relativamente as forças armadas, frisou, se eu vencer as eleições a responsabilidade de estruturar as forças armadas vão ser exclusivamente do governo, porque a reforma deve ser para todo o país, não podemos ter jovens sentados nas bancadas. Queremos que os jovens estudem, que trabalhem, eles é que vão desenvolver os pais, não queremos que a Guiné, seja só em Bissau, mas sim que abranja todo o Território Nacional”.
Segundo a agenda do candidato Nancassa, depois de Canhabaque vai percorrer toda a região de Biombo para levar a sua proposta de governação aos eleitores daquela parcela do território.

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