Embaixador China quer "aclarar" ligações aos negócios de madeira na Guiné-Bissau
"Dizer que esse comércio de madeira está ligado só com a China, acho que é um engano", referiu à agência Lusa, a propósito dos relatos de residentes em aldeias guineenses e das queixas de instituições ambientais.
O diplomata pretende encetar contactos "rapidamente" com a comunidade chinesa na Guiné-Bissau e com as autoridades do novo governo (que deve tomar posse em junho) para "aclarar o assunto".
"Se algum cidadão chinês faz essa destruição, tem que ser alvo de uma crítica, uma censura, porque isso vai contra a vontade da natureza guineense e contra o nosso povo", sublinhou.
A China assume "a mesma posição de protesto" que surge por todo o território contra esse corte "indiscriminado", que para Wang Hua não é "legal" nem "justo", porque implica "a destruição da mata".
O embaixador chinês em Bissau diz ter informações do Governo de transição de que há chineses envolvidos "no comércio" e não no abate.
"Se a coisa é assim, é outro problema e vamos ver se esse negócio é legal ou ilegal", referiu.
"Se é legal, sem comentários, se é ilegal, protestamos, criticamos também porque a nossa posição está bem clara: as nossas empresas e cidadãos têm que respeitar as leis e regulamentos em qualquer país africano", concluiu.
Nelson Dias, delegado da União Internacional de Conservação da Natureza (UICN) na Guiné-Bissau, alertou em março, num entrevista à agência Lusa, para o aumento do "número de motosserras nas florestas e do número de contentores" oriundos do interior "que fazem fila no porto de Bissau ou passam pela fronteira".
A madeira Pau de Sangue é a mais procurada e cada contentor "pode levar 95 a 100 troncos. A população ganha mil francos por árvore cortada, quem corta ganha quatro a cinco milhões por contentor e o exportador lucra um balúrdio", resumiu Nelson Dias, para ilustrar o desequilíbrio do negócio.
Ou seja, "o Estado passa licenças em que não ganha nada" e a população, maioritariamente dependente da agricultura, "fica com os ecossistemas destruídos".
A participação de cidadãos chineses com o apoio de militares durante as operações é relatada pela população das zonas afetadas, conforme os depoimentos registados pelas organizações ambientais e da sociedade civil.
No último relatório trimestral sobre o país, as Nações Unidas pediram ajuda à comunidade internacional para estancar a destruição das florestas e das reservas naturais na Guiné-Bissau por terem atingido "níveis sem precedentes" nos últimos "dois anos".
O relatório, discutido no Conselho de Segurança da ONU, defende que a gestão transparente dos recursos naturais tem de se tornar "uma prioridade" para as novas autoridades eleitas.
Lusa 24 de Maio 2014
No mundo, não existe quem gela para o nosso bem estar se nós mesmos não estamos minimamente interessados para o nosso próprio bem estar. Muitos guineenses já mostraram que, no que concerne a luta pela vida, são capazes de vender próprias mães! Julgo que tenho razão: Se a Guiné-Bissau é a nossa grande mãe, não se intende como é que alguns dos nossos irmãos podem, em conluio com estrangeiros, mandar destruí-la?
ResponderEliminarOs estrangeiros não têm coragem de chegar num país e, sem com colaboração de nacionais, entrar na floresta e começar a desflorestar até nas zonas proibidas! Os chineses, russos, indianos, .... não têm culpa; os grandes culpados são os guineenses que, são caras de vergonha, venderam a sua mãe (Guiné-Bissau).
Exatamente nha mano! Culpados sao os Guineenses que ate' a nossa soberania esta' nos mercados internacionas!! DESAVORGONHADOS!
ResponderEliminarSo Mr, Ambassador Wan Hua why don't you come here and let it out? I'm sure you're aware that right now there's a session going on at UNITED NATION regarding this CRIME!! Some deals were made behind closed doors with you in it...so there should be some source of document in your hand....Our people deserve the right to know!
ResponderEliminar