Primeiro-ministro da Guiné-Bissau visita Portugal de 17 a 20 deste mês
O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira visita Portugal entre os dias 17 e 20 deste mês para conversações com as autoridades portuguesas, anunciou hoje o próprio em conferência de imprensa.
Domingos Simões Pereira deve viajar hoje para Bruxelas, a convite do presidente da Comissão da União Europeia, José Manuel Durão Barroso, com quem se deve encontrar na quarta-feira e de seguida estará em Lisboa entre quinta-feira e domingo. O primeiro-ministro guineense fez questão de frisar que a sua visita a Portugal não se destina a negociar nada com as autoridades portuguesas mas conversar sobre diversos assuntos de interesse comum aos "dois países amigos". "Vamos passar em revista vários assuntos de interesse mútuo. Obviamente que a questão da TAP será no centro das conversas. Não se trata de negociações mas sim de encontro entre parceiros de países irmãos", sublinhou Simões Pereira.
Correio da Manhã 14 de Julho de 2014
povo guineense vive neste momento uma atmosfera de grande expectativa de mudança, com a eleição democrática e entrada em funcionamento de novos órgão da soberania. A expectativa é de uma virada de página, de ruptura com o passado de instabilidades e de novos tempos na política e na gestão do Estado guineense. Esta ruptura é necessária para a reconquista da autoestima, do culto a “guinendadi” e da confiança nos homens que estão no lema do vapor que nos levará mar afora. O povo guarda na memória, ainda recente os últimos acontecimentos que levaram o pais a dois anos de exclusão do concerto da nações, de retrocesso em todos os aspectos, de profunda divisão interna, de ódio, perseguições e espancamentos.
ResponderEliminarÉ deveras importante que os principais atores envolvidos e/ou percussores do golpe de 2012 se mantenham afastados do centro da vida político-militar, pelo menos neste recomeço da nova fase, para permitir esta reconquista de confiança, autoestima e tranquilização do povo. Posto isso, é desejável que nem Cadogo, nem MISSANG, nem Serifo Nhamadjo e nem Antônio Indjai figurem nas estruturas e na vida pública guineense. Cadogo, este abriu mão da sua ambição inicial de concorrer à presidência do seu partido. Espero que retome sua vida empresarial e que continue o seu trabalho, nada o impedindo de se candidatar às próximas eleições; as forças angolanas, essas é bom que guardem suas energias para resolver os problemas do seu país; Nhamadjo, que já se mudou do palácio presidencial, espero que retome sua vida privada e se prepare para os próximos embates eleitorais daqui há 4 anos. Uma boa demonstração de patriotismo e de desapego a ambições pessoais em favor dos interesses coletivos e da nação, seria a tomada de iniciativa do CEMGFA, Antonio Indjai, de pôr à disposição do Presidente da República eleito pelo povo, o seu cargo, dando-lhes liberdade de reconduzi-lo ou de nomear outro companheiro das fileiras das forças armadas da Guine-Bissau, para o cargo.
Esta atitude não seria de forma alguma demérito, antes pelo contrário, uma demonstração de profundo sentido de estado e de avançada consciência patriótica. Há que ter em conta que os cargos não são vitalícios e a alternância e renovação fazem parte do processo democrático e não devem ser vistas nunca como derrotas. O General Indjai não precisa se reformar por causa disso. Acredito que tem contribuições a dar no interior dos quartéis, pelo que sua experiência pode ser transmitida ao novo CEMGFA e assim favorecer maior dinamismo as nossas forças armadas.
Ndji Assanan