Comunidade Islâmica da Guiné-Bissau condena o atentado em França
Lideres da comunidade islâmica guineense condenaram o atentado contra o semanário francês Charlie Hebdo que na quarta-feira causou a morte a 12 pessoas e afirmam que tal ato "vai contra os ensinamentos do Islão".
"A religião islâmica condena esse tipo de prática pois inguém tem o direito de tirar a vida em nome da religião", observou o imã Infali Coté, presidente de uma organização de ensino do Corão em Bissau.
Em representação do Conselho Nacional Islâmico da Guiné-Bissau e do Conselho Superior dos Assuntos Islâmicos, Siradjo Bary, porta-voz das duas organizações, disse que o Islão "nunca recomendou a violência, mas sim a paz", pelo que, notou, o atentado ocorrido em França "é tudo menos a religião".
"Mesmo perante uma provocação, o muçulmano deve pensar com calma antes de agir e nunca agir da forma como aqueles reagiram em França", defendeu Siradjo Bary.
O imã Infali Coté afirmou também que o Islão poderá sentir-se provocado, mas perante as circunstancias, os "verdadeiros crentes terão que se solidarizar" com as famílias das pessoas mortas no atentado de Paris.
"Os autores deste ato devem ser levados à justiça", observou o imã Coté, para quem o mundo está a ser invadido por pessoas sem conhecimentos do verdadeiro sentido da religião, "daí a crueldade".
Para Siradjo Bary, no lugar de se cometer "a asneira que se fez, matando os jornalistas", aqueles se sentirem ofendidos (com as caricaturas) deviam ir à justiça apresentar queixa contra os autores das imagens satíricas do profeta do Islão.
"Temos que ter mais ponderação quando exigimos os nossos direitos", afirmou Siradjo Bary, enaltecendo que deve prevalecer a tolerância religiosa entre os homens e citou a própria França como exemplo de tolerância religiosa.
"Se hoje ocorrem cenas destas em França, é porque aquele país permite a presença de vários povos no seu território", sublinhou o porta-voz da comunidade islâmica guineense.
Radio Jovem, 8 de Janeiro de 2015
Boa, comunidade Islâmica condenou um ato desses, mas também ninguém tem o direito de tirar um parte do corpo de uma pessoa, se isso é contra o Corão, porque não condenaram isso muito cedo, deviam pensar antes da fazerem a excisão feminina na Guiné-Bissau porque isso é contra o Corão, se o tribunal de Bissau não tivesse condenado a prisão de algumas pessoas iam continuar à fazer excisão feminina para poderem encher os seus bolsos.
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