sábado, 14 de março de 2015

Guiné-Bissau pode ser autossuficiente e exportar arroz

Um estudo encomendado pela União Europeia sobre o potencial da Guiné-Bissau para produzir arroz concluiu que o país pode ser autossuficiente e exportar, mas aponta que há ainda muito trabalho para fazer até que isso aconteça.
"É possível produzir para atingir a autossuficiência e posteriormente exportar", refere o Estudo do Setor do Arroz da Guiné-Bissau, integrado no projeto de Ações Integradas em Nutrição e Desenvolvimento Agrícola da União Europeia (UE-AINDA).


O documento, que vai ser hoje apresentado em Bissau e a que a Lusa já teve acesso, faz sete recomendações para alcançar aquele objetivo.

Três delas dizem respeito à formação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

O estudo recomenda o reforço da capacidade do Instituto Nacional da Pesquisa Agrária (INPA), a criação de clubes de camponeses e a instalação de uma escola técnica agrícola.

O roteiro defende ainda a atualização das leis de proteção aos campos de arroz, a abertura do setor a privados, a instituição de linhas de crédito bonificado e a constituição de reservas de maquinaria.

As medidas são apontadas como necessárias para alcançar "o objetivo estratégico do Governo: atingir autossuficiência em arroz num horizonte temporal de cinco anos (2020) com a produção de 450 mil toneladas por ano contra as 200 mil atuais", refere o estudo.

Posteriormente, o objetivo passaria a ser o de, "até 2025, produzir um excedente na ordem de 500 mil toneladas para exportação, aproveitando um total de 54 mil hectares de terras baixas ('bas fond' e 'mangroves')", acrescenta.

Atualmente, o défice anual de arroz situa-se entre 85 a 90 mil toneladas por ano.

A produção é "arcaica" e faltam investimentos e incentivos para apostar no setor, conclui.

O projeto UE-AINDA, integralmente financiado pela União Europeia, dispõe de acerca de sete mil milhões de francos CFA (10,4 milhões de euros) para o período 2014-2018.

A iniciativa visa melhorar o estado nutricional dos grupos mais vulneráveis no meio rural, sensibilizar a população, criar um sistema de alerta para situações de crise e fortalecer fileiras agrícolas estratégicas para facilitar o acesso e a disponibilidade de alimentos.
Lusa, 13 de Março de 2015

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