sexta-feira, 14 de agosto de 2015

União Para a Mudança (UM)
COMUNICADO

A Comissão Permanente da União para a Mudança (UM) reunida em sessão extraordinária, na sua nova sede em Bissau, para análise da grave, Incompreensível e arbitrária decisão tomada pelo Presidente da República, de demitir o governo constitucional liderado pelo Engenheiro Domingos Simões Pereira;
Constatando a insustentabilidade e o infundado da argumentação apresentada pelo Presidente da República para justificar esta infeliz decisão que vem pôr em causa toda a credibilidade que o Estado da Guiné-Bissau vinha angariando a nível nacional e internacional;


Considerando a inoportunidade desta decisão, reveladora de uma ausência de sentido de Estado, na medida em que vem pôr em causa as conquistas alcançadas com a Mesa Redonda de Bruxelas, frustrando mais uma vez as enormes expectativas do povo guineense, com o Plano Estratégico e Operacional “Terra Ranka”, que mereceu o total apoio e envolvimento da comunidade internacional;

Tendo em conta a insensibilidade e a irredutibilidade manifestadas pelo Presidente da República, primeiro Magistrado da Nação, em relação às opiniões dos partidos políticos e da sociedade civil guineense e aos apelos da comunidade internacional, para se evitar uma nova crise de contornos e consequências imprevisíveis no país;

Lamentando que o Presidente da República, não tenha tido a necessária honestidade intelectual na abordagem dos números relativos às despesas efetuadas pelo Governo no quadro do TOF, documento que apresenta de forma detalhada a utilização dos fundos do Estado, contrariando inclusive a avaliação positiva do FMI e do Banco Mundial e ocultando de forma deliberada elementos que fundamentam as referidas despesas, por forma a confundir propositadamente os guineenses e a desacreditar o governo;

Lembrando o compromisso assumido pelos dirigentes do PAIGC, em particular o seu então candidato a Presidente da República, de garantir em caso de eleição as condições indispensáveis de governabilidade do país;
A Comissão Permanente da União para a Mudança (UM), decide: 
  • 1. Manifestar a sua total solidariedade para com o PAIGC e o seu Presidente Engenheiro Domingos Simões Pereira, agradecendo-lhe a confiança depositada na União para a Mudança (UM), ao convidá-la para integrar o Governo de Inclusão por si liderado, manifestando a sua disponibilidade de em conjunto continuar a buscar soluções republicanas, democráticas e construtivas para o bem estar dos guineenses.
  • 2. Condenar de forma veemente a decisão tomada pelo Presidente da República de derrubar o Governo constitucional liderado pelo Primeiro-Ministro Engenheiro Domingos Simões Pereira, baseada numa crise forjada, que lança agora sim, as bases de uma nova instabilidade no país de consequências imprevisíveis e que põe em risco as bases da afirmação da democracia no nosso país;
  • 3. Lamentar que tal decisão premeditada venha pôr em causa todas as conquistas alcançadas pelo Governo de Inclusão, particularmente, a credibilidade angariada junto da comunidade internacional e os resultados da Mesa Redonda de Bruxelas;
  • 4. Condenar a ligeireza com que o Presidente da República abordou a questão da gestão dos fundos do Estado, numa clara tentativa de confundir os guineenses, contrariando mesmo as avaliações positivas à gestão financeira do Estado, efetuadas pelas instituições de Bretton Woods.
  • 5. Apelar a todos os militantes e simpatizantes da União para a Mudança (UM) e ao povo guineense em geral, para que acompanhem com serenidade e de forma ordeira o desenrolar desta crise, e a manterem-se firmes e vigilantes na busca de soluções que visem impedir a subversão da ordem constitucional e o respeito da vontade popular, assente na reposição do poder governativo ao PAIGC, partido vencedor das eleições legislativas.

A Comissão Permanente da UM

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