CICLONE DA CRISE POLÍTICA EM VELOCIDADE INCERTA
Mais um encontro frustrante e sem efeito positivo. O PR se desdobra em reuniões e encontros de pouco ou nada têm produzido resultados agradaveis.
Terminou mais um encontro sobre a crise parlamentar, desta feita entre o PR e os representantes da Comunidade Internacional com vista a encontrar soluções a crise politica que assola o país cerca de 07 meses sem solução a vista pelo Chefe de Estado José Mário Vaz.
A saída, Ouvido Pequeno Representante da União Africana e porta-voz da comunidade Internacional no encontro, disse debatidos na reunião três propostas para a saída a crise, que no seu entendimento cabe agora ao José Mário Vaz pronunciar-se oportunamente para desbloquear o litigio parlamentar.
Após a reunião, o Presidente Mário Vaz, deixou Bissau rumo a sua terra Natal Calequisse, Regiao de Cacheu.
Com a deslocação do PR ao Norte do país, é uma evidencia que ele não fará nenhuma uma comunicação a nação pelo menos no fim-de-semana, permanecendo porquanto o impasse até a próxima semana, onde as partes poderão retomar mais um encontro negocial no Palácio da Republica.
Rispito.com/Lai Baldé-correspondente, 19-02-201
A. Keita
ResponderEliminarEssa engenharia política toda do PR para que? Para que?
Não pode e nem vai dar em nada, de uma solução duradoura. Porque o PR ele mesmo é parte do grupo de atores implicados diretamente no conflito. Ele é parte!, via o “grupo dos 15 deputados” desviantes do PAIGC, estes por sua vez, aliados ao PRS e PND, opostos ao PAIGC. Isto se vê a olho nu para quem quer ver.
Os outros grupos de atores participantes neste dito diálogo negocial, com todo o respeito, é cosmética (incluindo a mesa da ANP e os Internacionais).
Sendo assim, neste quadro, e assim promovido pelo PR, entre estes atores (incluindo ele mesmo), cada um vai tentar, aliás legítimo politicamente, é defender a sua posição; os seus interesses.
Por isso, repito, esta via não vai resultar em nada, de uma solução duradoura de saída da presente situação de crise.
A via verdadeira, de uma solução de saída imediata e duradoura está na via judicial. No Supremo Tribunal de Justiça (STJ). ÁRBITRO!!!
Esta via também só quando o STJ se fundar puro e duramente na sua tomada de decisão, nos preceitos de leis, nas leis e nas normas do ordenamento legal bissau-guineense. E recorrer, em última instância (em caso de dúvidas, lacunas, ambiguidades etc.), as EXIGÊNCIAS DA CONSCIÊNCIA PÚBLICA BISSAU-GUINEENSES.
Seja como for, uma decisão de árbitro é uma decisão de árbitro. Deverá ser acatada por todos. E, bem-feita, seria esta a “coisa” nova, UMA VERDADEIRA REVOLUÇÃO esta vez. Senão, continuamos e continuaremos no “déjà vu”. Na melhor das hipóteses, a presente ronda negocial vai terminar com uma solução cosmética no verdadeiro sentido de palavra. E logo seguirá a seguinte cena de continuação futura.
As partes considerando-se vencedoras ou vencidas irão cada uma para o seu canto fabricar novas alianças políticas de circunstância; e preparar-se para uma outra ronda de “caça-guerra-caça”. E lá iremos de novo, cair num outro caso da situação de crise de instabilidade governativa. Político-civil? Com certeza! Ou, político-civil misturada à político-militar? Não sei. Esta interrogação, nesta ronda, até aqui, continua ainda no não. Mas agora, se tudo continuar nestas tentativas de engenharias políticas do PR e resultar consequentemente numa solução de engenharia política, não sei.
Obrigado e um abraço amigo a todos vós meus conterrâneos bissau-guineenses (Mulheres e Homens).
Que prevaleça o bom senso.
Amizade.
A. Keita