segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

DSP defende eleições antecipadas como única saída da crise

Domingos Simões Pereira, defende a realização de eleições antecipadas como única alternativa para resolver a crise política que se vive no país desde 2015.
“Exigimos o respeito pelas regras democráticas e está demonstrada a falência de qualquer alternativa que tem sido forçada pelo Presidente da República. Quando não se reconhece que há um partido vencedor das eleições, não consigo imaginar outra alternativa que não seja a convocação de eleições antecipadas”, disse Simões Pereira na madrugada desta segunda-feira aos jornalistas na cidade da Praia, onde, durante o fim de semana, participou no congresso do Partido PAICV.

O presidente do PAIGC, partido vencedor das eleições de 2014 na Guiné-Bissau, mas arredado do poder, sublinhou que a proposta não é nova, mas que se quis “sempre dar uma oportunidade ao Presidente da Republica para provar que tinha uma alternativa”.

“São essas alternativas que estão esgotadas e esperemos que não se volte a por em causa o direito e a expectativa de todo um povo porque há um titular de um cargo importante da soberania que entende que os seus direitos têm que continuar a ser privilegiados”, disse.

Domingos Simões Pereira pediu também à comunidade internacional mais “firmeza” e “clareza” na sua posição em relação ao cumprimento, por parte do Presidente da República, José Mário Vaz, do acordo assinado em Conacri, para a nomeação de um Governo de consenso.

“O Presidente da República já não faz referência à Constituição para as decisões que toma, faz referência ao acordo de Conacri e vai buscar esse respaldo internacional para justificar os seus atos. Se a comunidade internacional sabe que determinada disposição não corresponde ao acordo de Conacri tem uma responsabilidade, não pode ficar só pela constatação, tem que ter uma posição mais forte” e sustentou que “a contemplação já não é uma saída para a Guiné-Bissau”, exigindo, por isso, respeito pelo acordo de Conacri.

“O acordo de Conacri permite que haja um novo governo, um governo consensual e condições para que as reformas mínimas possam ser feitas e para que o quadro para o próximo pleito eleitoral aconteça num clima de maior tranquilidade e maior estabilidade”, disse.

Para DSP, neste momento, “é por demais evidente a incapacidade e a impreparação do Presidente da República para cumprir com as suas responsabilidades enquanto primeiro magistrado da Nação”.
Dai o politico  entende que o Governo do primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, nomeado pelo Presidente da República, é “ilegal” e “inconstitucional” e apelou a José Mário Vaz para “se conformar com o acordo de Conacri e dar uma nova esperança e uma nova oportunidade ao país”.

Domingos Simões Pereira, que durante a sua permanência em Cabo Verde teve um encontro com a comunidade guineense residente na ilha de Santiago, deixou uma “mensagem de esperança e confiança” no futuro aos guineenses.
Rispito.com/Lusa. 20-02-2017

3 comentários:

  1. Eleições gerais para que o povo sofredor possa escolher os seus responsáveis "um presidente e um governo" que priorize o povo em detrimento dos seus ambições pessoais, que a justiça seja independente, os órgãos da comunicações publicas e não só sejam independentes, VIVA GUINÉ BISSAU

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  2. Por agora não é preciso convocar o conselho de estado mas sim dissolver o parlamento e convocar as eleições gerais, guineenses unimos contra JOMAV, O FATOR DE RETROCESSO DO PAÍS

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  3. Jomav por favor acabe com crise na guiné, povo esta muito cansado.

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