segunda-feira, 24 de julho de 2017

Função pública da Guiné-Bissau anuncia greve geral

União Nacional dos Trabalhadores da Guiné-Bissau envia pré-aviso de greve ao Governo para 8, 9 e 10 de agosto. Central Sindical exige tabela salarial única na função pública e pagamento de dívida de 2003 aos servidores.
A organização sindical já entregou ao governo um pré-aviso de greve geral a realizar-se entre 8 e 10 de agosto. Entre as exigências, a central sindical exige equiparação de salários no serviço público e o pagamento integral da dívida de 2003, ano em que funcionários públicos ficaram dez meses sem receber os ordenados.
A Confederação Geral dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau reúne-se esta terça-feira (25.07) para decidir se também fará uma paralisação geral por melhores salários. A principal reclamação é que os trabalhadores estão sem capacidade financeira para adquirir produtos básicos, como o arroz.
Em entrevista à DW África, o secretário-geral da UNTG, Estevão Gomes, diz que o governo ainda não manifestou-se sobre o pré-aviso de greve e não cumpriu as exigências feitas pela central sindical na última greve geral em dezembro passado. "O Governo prometeu e agora quer eximir-se de sua responsabilidade", critica. 
Instado sobre as razões fundamentais que motivou a UNTG  convocar a greve geral, Estevão Gomes respondeu que "Nós entregamos o pré-aviso de greve exigindo do governo o cumprimento integral do memorando assinado pela nossa central sindical em Dezembro último para exigir mais do governo para o cumprimento de todos os pontos apresentados. O mais importante é o reajuste salarial que o governo tinha nos prometido. Nós não exigimos um aumento salarial, mas a distribuição equitativa da massa salarial existente na função pública.
Há uma grande disparidade no pagamento de salários no país e há diferentes tabelas salariais. Nessa parte, também estamos a exigir uma tabela única na função pública. Outro elemento do pré-aviso é a dívida de 2003 que o Governo tem com os servidores públicos. E a outra situação de agora é a subida galopante de preços, que é insuportável para os servidores públicos em detrimento dos salários miseráveis que não cobrem gastos essenciais com alimentos, escola, saúde e as demais necessidades que uma família pode ter".
Rispito.com/DW, 24-07-2017

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