Guiné-Bissau fortemente dividida e novas eleições não vão resolver problema
«A situação na Guiné-Bissau é muito complicada. É um país que infelizmente vive uma situação de crise política que se arrasta há muitos anos, que não se resolveu com eleições. Fica sempre esta dúvida, mas a situação é de tal forma complexa que só os guineenses podem encontrar uma saída», disse, em entrevista à agência Lusa.
Maria do Carmo Silveira, que está em Brasília (Brasil) para participar na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco lusófono, contou que na última visita à Guiné-Bissau, em Abril, constatou «muito ressentimento e falta de diálogo» entre a liderança.
«Encontrei um país muito dividido, em que há uma situação muito complicada, que exige que os principais atores políticos se sentem a mesa, dialoguem e encontrem uma saída. Fiquei, por outro lado, com a impressão de que ainda há ressentimentos muito profundos», afirmou.
«Ainda existe dificuldade em criar uma plataforma para o diálogo. Encontrei posições muito extremadas que estão a inviabilizar esse mesmo diálogo», concluiu a secretária da CPLP.
A responsável frisou que, mesmo à distância, a CPLP vai continuar a acompanhar a situação na Guiné-Bissau.
A crise política complicou-se desde as últimas eleições, com um afastamento entre o partido vencedor das legislativas, o Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e o Presidente da República, José Mário Vaz.
Além da falta de diálogo entre as diferentes lideranças, agora, polícia voltou a impedir a manifestação do movimento de cidadãos inconformados com a crise política, agravando ainda mais o quadro de instabilidade.
Rispito.com/Lusa, 21-07-2017
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