sexta-feira, 4 de maio de 2018

Ester Fernandes suspende governadores regionais e Administradores Sectoriais

A nova ministra da Administração Territorial da Guiné-Bissau, Ester Fernandes, suspendeu todos os governadores regionais "até novas instruções", ficando a gestão das regiões, transitoriamente, sob a responsabilidade dos secretários regionais.

A guerra partidária e politica na Guiné Bissau é um constante, onde a cada  momento que passa os episodios se renovam de forma diferente.
Cada concentração politica ou em cada momento de algo interessante para se juntar em coro, surge um ressalto que dá inicio a mais uma divergencia.

Depois de PAIGC ter nomeado os governadores regionais e sectoriais do país, chega PRS na posse da Administração Territorial a substituir todos. E agora, PAIGC na posse da mesma pasta, também acaba de se posicionar em suspender todos.

O caso mereceu reação da parte de Certório Biote ao dizer que nunca se consegue instaurar paz no meio de puxa-puxa  tendente  a tirar dividendos partidários ou pessoais.

Ester Fernandes sustenta a sua decisão com a necessidade de se imprimir "um controlo eficaz" na gestão administrativa local.

Biote adianta que PAIGC e o PRS assinaram um acordo para distribuição das regiões e setores, “conforme foi testemunhado pelo Primeiro-ministro e a última delegação ministerial da CEDEAO”
 Mas foi uma surpresa receber chamada de Bolama em como a Ministra da Administração Territorial terá exonerado os governadores regionais e administradores setoriais para nomear outros novos fora de quadro do “acordo de princípio” assinado entre PAIGC e o PRS.

Segundo Biote, o acordo de partilha de pastas no Governo é também extensivo à governação regional, pelo que, notou, o PAIGC estaria a violar o compromisso com as medidas decretadas pela ministra da Administração Territorial, proposta por aquele partido.

O líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, já se tinha referido ao assunto, tendo considerado de curiosas as alegações do PRS, lembrando que no passado aquele partido "baniu da administração local" os responsáveis que tinham sido indicados pela sua força política.

Simões Pereira disse que o PAIGC "está aberto para ouvir as propostas do PRS" sobre a governação local, mas desde já avisa que é pela indicação de "pessoas com capacidade e competência" para as regiões.

Tirando Bissau, que é um setor autónomo, onde é nomeado um presidente da Câmara Municipal, a Guiné-Bissau conta com oito regiões e 36 setores.
Rispito.com/Lusa, 04-05-2018

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