segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Mensagem à Nação por ocasião do Novo Ano

A imagem pode conter: 1 pessoaCaros Guineenses,

 esta oportunidade para apresentar os meus mais calorosos cumprimentos de Novo Ano – a todos os guineenses, residentes no país ou na diáspora e igualmente aos cidadãos estrangeiros que escolheram o nosso país para viver e trabalhar. 
(...)
Hoje, pela primeira vez estamos a assistir de forma ininterrupta o Poder Legislativo, Executivo e Presidencial, poder este exercido sem espancamentos, sem mortes, sem prisões arbitrarias por questões politicas e sempre respeitando as liberdades de expressão, de manifestação e de imprensa.


Como é do conhecimento de todos, não foram anos e nem dias fáceis até chegarmos onde estamos hoje.

Porque os interesses instalados ao longo de muitos anos, que impediram a Guiné-Bissau de avançar e é contra estes interesses que temos estado a lutar desde a nossa chegada a esta casa do povo.

Em nome desta luta, orgulho-me de vos dizer que a Guiné-Bissau nunca foi a Guiné de Jomav, nem da família de Jomav e nem dos amigos do Jomav.

A Guiné-Bissau é dos guineenses e é de todos e para todos, e eu enquanto Presidente da República serei o Presidente de todos os guineenses sem distinção de raça ou cor, de tribo ou religião, de pobre ou rico. Pelo que, não haverá guineenses nem de primeira ou de segunda, nem do interior, das ilhas ou da cidade, porque nascemos todos com direitos iguais e devemos gozar da mesma igualdade de oportunidade.

Tenho dito em muitas ocasiões, o Guineense quando quer faz!

Afinal é possível um Presidente da República cumprir o seu mandato de 5 anos.

Afinal uma Legislatura pode chegar o término de 4 anos sem interrupções.

Caros Irmãos Guineenses, 
O ano de 2018, foi o ano marcado pelo diálogo e pela liberdade, e eu, enquanto Presidente da República, estou certo que esta foi a melhor via para aproximar mais os guineenses.

Respeitando a opinião de cada um, mesmo em momentos difíceis, tenho permanecido em silêncio, porque tudo tem o seu dia e a sua hora certa. 
(...)
Temos de confiar mais em nós próprios e com sentido patriótico, devemos juntos virar a página e dar início a uma nova fase na história da Guiné-Bissau.
(...)
Reafirmo que é a minha convicção e acredito ser a vontade de todos os guineenses que estas eleições sejam justas, livres e transparentes, gozando do princípio da igualdade e das mesmas oportunidades.

A vontade do povo que será expressa nas urnas deverá ser um factor de estabilidade e de unidade e não de contestação e perturbação da paz social que muito nos custou a construir.
Temos todos de trabalhar no único sentido de manter este clima de paz civil e segurança interna, antes, durante e pós-eleições, pois é fundamental para o desenvolvimento do nosso país. Por este motivo, conto com o apoio de todos os guineenses, em especial das nossas mulheres e mães, dos nossos jovens e dos nossos irmãos que vivem na diáspora – este país é nosso e o destino depende de todos. 
Mas quero aqui deixar um apelo aos dirigentes do país de que a maioria da população, é constituída por mulheres e jovens, que não estão a ser suficientemente valorizados. 
Aos Partidos Políticos que tenham em conta a lei da paridade, que foi promulgada em 2018 para que haja um justo reconhecimento das mulheres na sociedade de acordo com as suas competências.

Aos nossos irmãos da diáspora para regressarem a casa e darem o seu contributo pondo o seu conhecimento ao serviço do país sobretudo o que aprenderam ao longo das suas experiências de emigração, muitas vezes amargas, mas importantes para a nossa vida colectiva.

Irmãs e Irmãos, 
Convido a todos e sem excepção para que no dia 10 de Março de 2019 não deixem de exercer o seu direito de voto, um direito igual para todos, cada cidadão vale 1 voto, e não votar significa não exercer o direito que a constituição lhe reserva. 
(...)
Vamos iniciar um ANO NOVO, e com ele temos que renovar as nossas esperanças e ter a coragem de iniciar uma nova etapa que será marcada por muitas mudanças na vida de todos nós.

Eu, na qualidade de Presidente de República, convido cada guineense a fazer uma reflexão sobre os acontecimentos que marcaram, a nossa vida em 2018. Olhemos para as nossas ações para com os próximos e retiremos as conclusões de forma objectiva.
(...)

O Ano de 2018 foi marcado fundamentalmente por:

• O país continua a viver em clima de paz e estabilidade – e todos nós sabemos como é viver em sobressaltos. 
• O país não conheceu qualquer tumulto ou agitação. 
• Demos um passo significativo no sentido de garantir a representação equitativa entre homens e mulheres. O Parlamento da Guiné-Bissau aprovou uma Lei que garante a quota mínima de 36% de representação das mulheres a nível de cargos elegíveis, sobretudo na Assembleia Nacional Popular e no Governo.
(...)
O problema da Guiné-Bissau reside na realidade da perceção que os adversários do nosso progresso criaram junto de alguns parceiros externos.

Guineenses, Façamos de 2019 o Ano da Consolidação do Poder Democrático!

Eu nunca deixei de acreditar na Guiné-Bissau, apesar de todas as adversidades que tem posto à prova a nossa crença. Peço-vos que acreditem porque é possível reconstruirmos o nosso país!

A todos os guineenses um Feliz Ano Novo!
Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz

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